26 janeiro, 2013

Ter Amália na voz



Ana Moura arrasa no seu mais recente trabalho que se chama «Desfado». A letra da música que dá título ao album é da autoria de Pedro da Silva Martins e seria perfeito se a grande Amália Rodrigues pudesse cantá-la. Não temos Amália, mas temos a moura Ana. Apreciem a letra, enquanto escutam o video.

Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe

Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento

Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada

A revolta dos «suínos» da GNR



O despiste de um camião com porcos deu cabo do trânsito na principal artéria do país, a A1, junto a Santa Iria da Azóia. Cerca de duzentos animais de quatro patas ficaram espalhados pela via e estragaram o sábado a milhares de automobilistas, incluindo o de professores que vinham do norte para a manifestação de professores no Rossio. O sindicalista Nogueira foi célere em criticar a acção da GNR que no trabalho de escoar o monumental engarrafamento, não deu prioridade aos autocarros com os docentes. Um acto verdadeiramente suíno!