15 dezembro, 2008

Solid, solid as a rock

Nos Estados Unidos os burlões vão para a cadeia. Por cá, os burlões, em caso limite, são inibidos de voltar ao local do crime e obrigados a pagar um milhãozito para compensar as fortunas que roubaram. Imoral. Como a engenhosa mensagem de marketing que o Banco Santander Totta concebeu, a banca em Portugal é à prova de tudo. «Solid, solid as rock».

Transformar a realidade

A agenda mediática voltou a virar a agulha. Durante mais de uma semana só deu Parlamento e os deputados «gazeteiros». Até ao final de ano, e contando com a pausa natalícia, só vai dar Alegre e o eventual novo partido. Por isso é que os jornalistas são acusados de arrogância, o poder de transformar a realidade, por vezes, sobe à cabeça dos mais deslumbrados...

O «Sol» não passa sem o vício

Era uma vez um director do maior semanário português que vendia tantos jornais, tantos jornais, que ousou afirmar que os brindes que os seus concorrentes distribuíam seria a droga que iria matar todas essas publicações. Esse director saiu desse jornal, fundou outro e jurou a pés juntos que jamais ia ficar adicto à droga dos brindes. Depois de uns primeiros meses em grande, o «Sol» tem vindo por aí abaixo e o arquitecto Saraiva foi obrigado a engolir o que disse. O jornal distribui brindes de toda a espécie e já diz que é «amigo das crianças». No passado sábado podia ler-se no canto superior direito a seguinte informação: «A partir de hoje e nas duas próximas semanas os DVD serão sortidos variando de exemplar para exemplar. Assim, o leitor pode já ter o filme que acompanha este jornal. Mas se se isso acontecer, poderá sempre oferecê-lo a um sobrinho, um primo ou até a uma instituição que queira ajudar. Neste período, os brindes para crianças são sempre bem-vindos».
Eu comprei e senti-me enganado. Depois desta mensagem de teor hilariante, é caso para dizer que a droga já minou a cabeça dos responsáveis do «Sol».

O regresso da mosca

Diz-se nos bastidores que todos os ministros e respectiva entourage receberam instruções precisas dos responsáveis pela central de comunicação do governo para fugirem a sete pés sempre que virem por perto uma das «moscas» do «Caia Quem Caia» da TVI. Joana Cruz, a animadora a RFM, que faz uma perninha no arrojado programa do canal da Prisa, é a encarnação da pulga que não larga o cão.

O novo herói iraquiano

Al-Zaidi é o novo herói para os iraquianos. Fez o que milhões dos seus compatriotas queriam fazer e nunca tiveram oportunidade. O povo saiu hoje às ruas a exigir a libertação do jornalista. Duas centenas de advogados ofereceram os seus préstimos para defender o temível lançador de sapatos. Depois de ter sido anunciado, há uns anos, como o advogado de Saddam, José Maria Martins, o advogado da Casa Pia, não perderia o ensejo de ser o causídico de Al-Zaidi. O pior é que querer nem sempre é poder.

Abençoada imprevidência

«Não me preveni e acabei por ter três filhos seguidos», Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, em entrevista à «TV Mais», 15 Dezembro 2008

Uma campanha alegre

Agarrem-me, caso contrário eu crio um partido! Manuel Alegre fez mais um aviso ao partido do Governo. Como disse, e bem, Marcelo um novo partido liderado pelo vice-presidente da AR podia impedir o PS de vencer (com maioria absoluta e relativa), inclusive, em ultima analise, podia dar a vitória ao PSD nas legislativas de 2009. Basta que o poeta passe das intenções aos actos.