17 setembro, 2008
Uma família feliz, contente e corrupta
Lamentamos a insistência, mas o escabroso programa e os não menos escabrosos participantes, assim o exigem. José Nogueira, o concorrente do último «Momento da Verdade», revela hoje, com gáudio, na imprensa, «que já bati na mulher». Não com menos triunfalismo, a família de Gondomar, relata também que a filha do casal, Raquel, 19 anos, passou no exame de condução, à terceira tentativa, porque «pagou 150 euros». Ela não, os pais. «Nós é que pagámos ali três notas de 50», apressa-se a rectificar a mãe. Ora, se ainda estamos bons da cabeça, este é um caso de corrupção. Claro, inequívoco e confessado. Será que a polícia não faz nada ou afinal este país é como os «reality shows», uma enorme brincadeira?
O «emplastro» italiano
Gabriele Paolini é um intruso profissional em transmissões televisivas em directo. Com frequência, coloca-se atrás do repórter, geralmente da TV pública, a RAI, e faz caretas e uns gestos menos ortodoxos, perante o desespero de quem segura o microfone. Farto das suas tropelias, o aeroporto de Fiumicino, em Roma, proibiu a sua entrada naquele espaço por um período de três anos. Pela amostra do video que mostramos, comparativamente com Paolini, o «emplastro» português, que garante que Pinto da Costa é seu pai, é um menino de coro. Que melga!!!
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O regresso de CR7
Cristiano Ronaldo está de volta. O público de Old Trafford parece ter-lhe perdoado. O português agitou o apático jogo do Manchester na segunda parte do jogo com o Villareal para a Champions, mas tal não foi suficiente para evitar o empate a zero. Primeira conclusão, se dúvidas houvesse: o Manchester precisa muito mais de Ronaldo, do que Cristiano precisa do Manchester.
A mobilidade de uma sociedade imobilista
O preço do petróleo desce, mas o que os senhores automobilistas pagam quando abastecem o depósito continua a ser uma enormidade. Recorde europeu, segundo as estatísticas. O Governo tem medo das petrolíferas, o esquisito ministro Pinho só fala por meias palavras, e os especuladores continuam em grande, enquanto ninguém investiga a sério as movimentações no mercado. Mas o busílis da questão reside nos consumidores. Comem e calam. Queixam-se, mas toca a encher o «popó». Não se faz nada. Já experimentaram perder um dia de trabalho, para depois ganhar uns euritos ao final do mês? Paralisem o País, porra!
Os «heróis» discretos do BES
O «Correio da Manhã» noticia hoje que os «heróis» do BES estão de volta ao trabalho, mais de um mês depois dos acontecimentos na dependência do banco da Marquês da Fronteira. «Estou bem e de volta», foram as únicas palavras que o jornalista arrancou à gerente. Ana Antunes foi fotografada à entrada do banco, mas com a cara tapada, a pedido da própria. Vasco Mendes, o subgerente, também é apanhado a meter a chave à porta do banco, mas não prestou declarações. Aliás, durante este mês choveram os pedidos de entrevista, prontamente negados pelos protagonistas ocasionais. Um exemplo, raro hoje em dia, de discrição e que se assinala. Ricardo Salgado deve estar orgulhoso de ter colaboradores (sim, porque agora diz-se colaboradores e não funcionários) deste nível.
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