10 julho, 2008

O Mundial visto da selva



«Adorei a cabeçada de Zidane em Materazzi. Teria feito algo parecido», Ingrid Betancourt, ao revelar que assistiu na selva colombiana à final do Mundial 2006 que opôs França, país de que é natural, e Itália, revista «Paris-Match», 10 Julho 2008

O milagre da multiplicação das boas notas

Os mísseis «photoshop»

Longe vai o tempo em que a propaganda se fazia através de mensagens manipuladoras. Na era da imagem, manipula-se as imagens. Segundo avança o «New York Times», o lançamento dos mísseis iranianos, publicado em dezenas de jornais ocidentais, terá sido retocado aposteriori pela agência de notícias Sepah, a autora da foto, e braço mediático do exército revolucionário do Irão. Os três mísseis da foto original, foram transformados em quatro. Confira as fotos, antes e depois do «photoshop».

O turbo-autarca

Sem querer passar a ideia que estamos sempre a bater no ceguinho, a verdade é que o frenesim mediático de Francisco Moita Flores não deixa de causar alguma surpresa. O homem não pára. Participa em debates e programas sobre crimes, sexualidade, casamentos, divórcios e trasladação de cadáveres. Escreve uns livros, apresenta e prefacia outros, assina dezenas de artigos na imprensa e ainda faz uma perninha na Câmara de Santarém, onde, por acaso, até é o presidente da edilidade. Mais uma vez se pergunta: ou o concelho escalabitano não tem problemas para resolver ou pura e simplesmente não existe oposição política naquelas bandas. Quem souber que nos elucide.

Política sem ar condicionado

Nada de novo no Debate sobre o Estado da Nação. Venceu a baixa política nos mais de 200 minutos de Plenário. Paulo Rangel demonstrou boa erudição e boas qualidades de tribuno, mas pouco mais. Faltaram propostas e algum rasgo. Louçã e Sócrates voltaram a engalfinhar-se, com o Primeiro-Ministro a recomendar «tento na língua» ao líder do BE, por este ter acusado alguns dos seus amigos políticos de ter lucrado com negócios do Estado. Sem se conter, Sócrates alvitrou que o recurso ao insulto por parte de Louçã devia ser explicado por uma qualquer «doença infantil» (sic). De resto, uma pobreza confrangedora. Até o sistema de ar condicionado do Hemiciclo é fraco. De tal maneira que a maior parte dos deputados não parou de abanar-se, com qualquer coisa que tinham à mão, durante toda a tarde. Vão de férias e não voltem.