10 julho, 2008
O milagre da multiplicação das boas notas
«Negativas na prova de Matemática do nono ano caem quase 40 por cento num ano», in «Público» Online, 10 de Julho, 2008
Os mísseis «photoshop»
Longe vai o tempo em que a propaganda se fazia através de mensagens manipuladoras. Na era da imagem, manipula-se as imagens. Segundo avança o «New York Times», o lançamento dos mísseis iranianos, publicado em dezenas de jornais ocidentais, terá sido retocado aposteriori pela agência de notícias Sepah, a autora da foto, e braço mediático do exército revolucionário do Irão. Os três mísseis da foto original, foram transformados em quatro. Confira as fotos, antes e depois do «photoshop».
O turbo-autarca
Sem querer passar a ideia que estamos sempre a bater no ceguinho, a verdade é que o frenesim mediático de Francisco Moita Flores não deixa de causar alguma surpresa. O homem não pára. Participa em debates e programas sobre crimes, sexualidade, casamentos, divórcios e trasladação de cadáveres. Escreve uns livros, apresenta e prefacia outros, assina dezenas de artigos na imprensa e ainda faz uma perninha na Câmara de Santarém, onde, por acaso, até é o presidente da edilidade. Mais uma vez se pergunta: ou o concelho escalabitano não tem problemas para resolver ou pura e simplesmente não existe oposição política naquelas bandas. Quem souber que nos elucide.
Política sem ar condicionado
Nada de novo no Debate sobre o Estado da Nação. Venceu a baixa política nos mais de 200 minutos de Plenário. Paulo Rangel demonstrou boa erudição e boas qualidades de tribuno, mas pouco mais. Faltaram propostas e algum rasgo. Louçã e Sócrates voltaram a engalfinhar-se, com o Primeiro-Ministro a recomendar «tento na língua» ao líder do BE, por este ter acusado alguns dos seus amigos políticos de ter lucrado com negócios do Estado. Sem se conter, Sócrates alvitrou que o recurso ao insulto por parte de Louçã devia ser explicado por uma qualquer «doença infantil» (sic). De resto, uma pobreza confrangedora. Até o sistema de ar condicionado do Hemiciclo é fraco. De tal maneira que a maior parte dos deputados não parou de abanar-se, com qualquer coisa que tinham à mão, durante toda a tarde. Vão de férias e não voltem.
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