27 agosto, 2007

Um presidente a perder faculdades

A um ritmo quase semanal, o presidente norte-americano vai vendo partir os seus aliados na administração republicana e amigos pessoais da sua entourage política. Quando saiu Karl Rove, o "arquitecto" de todas as suas vitórias, disse-se que Bush tinha perdido o cérebro. Hoje, com a saída de Alberto Gonzalez, o attorney general, uma espécie de super-ministro da Justiça dos "states", o inquilino da Casa Branca deve ter perdido a fala. O melhor é dedicar-se ao rancho de Crawford ou à pesca no Maine...

Cenas de um casamento



Mais uma exposição corajosa e que toca em cheio na ferida que teima em inquietar os americanos: a guerra, sempre a guerra.
Em Nova Iorque, a mostra chama-se "Corações púrpura", da autoria de Nina Berman e expõe fotos de dezenas de soldados norte-americanos mutilados em teatro de guerra, especialmente na guerra do Iraque - esta já ceifou a vida a quatro mil marines. Uma das imagens com maior cargo emotiva e dramática refere-se ao dia do casamento do sargento Ziegel com a sua namorada de sempre. O jovem ficou desfigurado depois de um ataque perpetrado por um carro armadilhado no Iraque. Ainda assim, casou-se. The show must go on...

Incoerências...

Urbano Tavares Rodrigues é um conhecido escritor português e um resistente anti-fascista. À beira de completar 84 anos, concede uma entrevista no DN de domingo onde que diz que o “O comunismo da União Soviética nunca mais regressará”. Mas se a coerência sempre foi uma das suas máximas, nesta entrevista Urbano, vacilou. Quando questionado sobre o filho António, de ano e meio de idade (sim, leram bem, ano e meio de idade), o escritor recusa o desafio da jornalista, justificando que “isso é coisa para revistas de moda”. Surpreendido ficamos quando a foto em maior destaque na entrevista é a que o ancião Urbano olha embevecido para o petiz de tão tenra idade, com um brinquedo na mão. Ou a foto foi publicada à revelia, ou Urbano Tavares Rodrigues foi traído pela incoerência...

O báculo da discórdia

Vai acesa a polémica na cidade dos arcebispos. A freguesia bracarense de Cividade exige a retirada da escultura de D. João Peculiar, antigo arcebispo de Braga. Motivo: a população queixa-se que a obra é alvo de chacota por quem lá passa, por associar o báculo, semelhante a um cajado, a um membro fálico, como aliás, a imagem comprova. O presidente da junta vai sugerir ao topo da hierarquia do clero na antiga "bracara augusta" que a escultura, que já ali se encontra vai para 4 anos, seja removida para outro local. Quem sabe numa qualquer praça da capital do Minho junto a algum daqueles espaços nocturnos onde se cultiva a arte de bem pecar.