Ronaldo anda a fazer-me lembrar Fernando Mamede, o campeão português de atletismo, que fazia arrasadoras performances em meetings, acumulando diversos recordes de meio fundo, e quando chegava a hora da verdade, nomeadamente jogos olímpicos, falhava rotundamente. Cristiano tem uma atitude parecida. É regular durante a temporada, mas chegada a hora da verdade, baqueia. Os espanhóis, que não perdoam uma, fizeram um apanhado do seu irrascível feitio e captaram a frase assassina para o seleccionador quando Hugo Almeida foi substituído: «Assim não ganhamos, Carlos!».
01 julho, 2010
Comissão parlamentar de inquérito à selecção
Gostava que um psicólogo me explicasse o que leva meia centena de portugueses a rumarem às 6 da manhã ao aeroporto para invectivar a selecção nacional. Confesso que me custa entender. Depois de o treinador francês e o presidente da federação gaulesa terem prestado depoimento em sede parlamentar sobre os acontecimentos pouco edificantes protagonizados pelo grupo comandado por Domenech na África do Sul, era capaz de não ser descabido criar uma comissão semelhante para discutir o que realmente se passou no seio da selecção «tuga». Assim como assim, era mais uma comissão a acrescentar às dezenas de outras que se realizaram em S. Bento e a coisa era capaz de potenciar as audiências do Canal Parlamento.
Morte ao «Sol?»
O «Sol» foi dos jornais que mais cresceu em circulação, fôlego dado pela publicação de escutas da «Face Oculta», mas pode vir a pagar caro a ousadia agora que o Tribunal da Relação deu razão a Rui Pedro Soares, confirmando a providência cautelar para impedir a publicação das tais conversas indiscretas e obrigando a empresa proprietária do semanário a pagar um milhão e meio de euros. Em Inglaterra os escândalos ainda vão dando à imprensa para superar as receitas das vendas face às multas pecuniárias ou indemnizações decretadas pela justiça. Em Portugal, perante um mercado tão exíguo e que vende tão pouco, a concretizar-se, pode ser a morte ao... «Sol».
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