04 maio, 2008
Boa??? Não, péssimo
Temendo o pior, confesso que já tinha o esboço deste post na minha cabeça antes mesmo do programa começar. A RTP anunciou-o como «um espaço inovador de humor». Mas Bruno Nogueira como cabeça de cartaz não augurava nada de bom. Maria Rueff e Nuno Markl podiam contrabalançar, pensei eu, ingenuamente. Em vez do descalabro previsível, aconteceu uma tragédia, não para Portugal, mas para o serviço público de televisão. Um verdadeiro non sense que importa saber quem deu cobertura e luz verde. Os «Contemporâneos», uma ideia da fábrica de sucesso chamada Produções Fictícias, não vão ter uma longa vida. As audiências vão matá-los, lentamente.
Eu não queria dizer isto, mas estamos com saudades vossas, bichanos fedorento. À direcção de programas da RTP um conselho final: deixem-se de invenções e vão ao arquivo buscar o «Tal Canal» do Herman e emitam-no nas noites de domingo, em substituição deste deplorável programa. O erário público e a sanidade mental dos portugueses agradecem.
A cave dos horrores
As atracções turísticas dos tempos modernos já não são obrigatoriamente sítios bonitos, idílicos e a respirar História por todos os poros. O turista do século XXI, alimentado pela sede voyeurista e pelas infindáveis horas de cobertura noticiosa, corre seca e meca até atingir locais ou edifícios ondem aconteceram actos macabros, geralmente rodeados por agentes da autoridade e jornalistas. Praia da Luz, o ano passado, e Amstetten, na Áustria, há escassos dias, são os mais recentes alvos de uma nova realidade chamada turismo sádico.
Espetada com Coentrão
Fábio Coentrão, jogador do Nacional da Madeira emprestado pelo Benfica, vingou ontem no Dragão as humilhações que os encarnados sofreram esta temporada, apontado dois golos na vitória dos madeirenses. «Chegar aqui e "espetar" 3-0 no Dragão é bom», disse o jovem Fábio, despachado na língua. Espetada madeirense temperada com Coentrão foi o prato típico insular que os azuis e brancos tiveram de tragar. Irado, Jesualdo Ferreira, tirou um dia de folga aos seus meninos pelo comportamento displicente que tiveram. Se fosse na Luz, vinha o Chalana, no seu português do tempo do homem das cavernas, falar do árbitro e da tristeza dos «benficas» deste País.
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