06 novembro, 2009

A vingança do chinês

Queiroz continua desconfiado e confirma que vai convocar Ronaldo para os jogos do play-off com a Bósnia. Em Madrid diz-se que o português vai ficar, pelo menos, mais duas semanas no estaleiro e está fora de questão a viagem até Portugal. Também há aqui algo que não encaixa. Parece que Queiroz, que demonstra um nível de teimosa ao nível do de Scolari, alimenta uma relação mal resolvida com o seu antigo clube, o Real Madrid, e com o actual presidente, Florentino Perez, que foi o mesmo que em 2004 o despediu, alegando ser o professor «o responsável pela desordem e falta de autoridade que se viu na equipa. Enganámo-nos ao contratá-lo», disse o empresário na altura.

Corno? Eu?

O presidente do Benfica começa a parecer-se, em comparação, com o seu homólogo do Sporting, um verdadeiro príncipe. Bettencourt, para além dos maus resultados desportivos do seu curto mandato, tem acumulado uma verdadeira colecção de «pérolas» dignas de um «best of». O seu estilo, mal disposto e a roçar o «carroceiro», na conferência de imprensa que anunciou a demissão de Paulo Bento foi verdadeiramente lamentável e a completa antítese do que seria de esperar um indivíduo que tem um passado de sucesso e sem casos no mundo da banca. Depois do «forever», jurou que nunca ou «never», no léxico de Bettencourt, despediria Bento, se não tivesse sido ele a dar o passado. Mas o zénit aconteceu quando questionado se preferia ter sido a primeira pessoa a saber da demissão do treinador do Sporting, antes mesmo do que as «quatro senhoras» de Bento, Bettencourt saiu-se com uma tirada lamentável: «Não me sinto corno». Há qualquer coisa que não bate bem neste clube e neste presidente.

De forever a goodbye

As palavras de ontem, após o jogo da Liga Europa, faziam adivinhar este desfecho. Paulo Bento demitiu-se de técnico do Sporting. Enquanto benfiquista não creio que seja a melhor notícia, acho que o Benfica fica com menos hipóteses de construir um resultado histórico em Alvalade dentro de algumas semanas. Os adeptos leoninos respiram de alívio. Se a equipa mudar de desempenho do dia para a noite, então a conclusão será a de sempre: quando o balneário não quer, não há treinador que aguente, mesmo com muitas doses de tranquilidade.