16 novembro, 2008
A janela indiscreta
Um dos instântaneos mais impactantes do fim-de-semana captámos na página 5 do «Público» deste domingo. Uma foto de uma manifestante na acção de protesto desenvolvida pelos professores nas ruas de Lisboa, com um cartaz de fundo negro e letras brancas, com a seguinte inscrição: «Votar PS, nunca mais». O registo fotográfico adquire um simbolismo extra quando no canto esquerdo se vislumbra a fachada do edifício Heron Castilho, na Rua Braamcamp, a residência privada do Primeiro-Ministro. Estaria Sócrates, por detrás da cortina, a contabilizar os participantes da manif e a fazer contas sobre as próximas legislativas de calculadora em punho?
Incitamento à lambada
O presidente do Nacional, Rui Alves, o tal que quando era vereador da Câmara do Funchal ficou conhecido por «O quinhentos» por exigir umas comissões para viabilizar projectos, incitou os seus adeptos a reagirem violentamente contra os jornalistas, em especial, os do DN Madeira. «Temos que nos mostrar hostis em relação à comunicação social, eles têm que saber que também somos guerreiros e que damos duas bofetadas quando fazem estas atoardas em relação ao nosso clube», disse o dirigente madeirense. Com o devido respeito para todos os que têm raízes na Madeira, os dirigentes, políticos e desportivos daquela Região, padecem de uma das duas seguintes disfunções: ou tratam todos os seus problemas à moda siciliana ou então sofrem de irreversível incontinência verbal.
PS e PSD: interesses & interesses SA
O "Bloco Central dos interesses", que há anos «governa» na sombra o País, volta a protagonizar mais um episódio que demonstra a podridão de um sistema tentacular, em que PS e PSD vão aparando os golpes um ao outro. O grupo parlamentar do PS prepara-se para chumbar a audição de Dias Loureiro, a pedido do próprio, no âmbito do caso BPN. Os socialistas devem ter medo que alguns dos «seus» também sejam, arrastados, na lamancenta torrente do escândalo. É a tese do «vai tudo abaixo»!
Indemnize-se!
Uma mulher italiana de 55 anos vai receber 50 mil euros como ressarcimento por oito anos sem relações sexuais com o seu marido. O condenado, por um juiz de La Spezia, nordeste de Itália, foi o condutor de uma mota, que atropelou o marido da senhora quando este andava de bicicleta. O juiz Fabrizio Pelosi teve em consideração os danos morais e biológicos da mulher, pelo fim abrupto de uma vida sexual serena durante 27 anos de casamento.
Fonte: Jornal «Sexta», 14 Novembro 2008
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