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É curioso que na sua mensagem de Ano Novo, Cavaco Silva apele ao Governo para promover o diálogo como forma de reduzir a conflitualidade e as tensões sociais que se têm vindo a verificar, quando as pessoas com memória, mesmo as mais novinhas, se lembram das cargas policiais para dispersar manifestações e greves levadas a cabo pelo seu executivo, nomeadamente por Dias Loureiro, o então Ministro da Administração Interna.
Um ano depois, o PR constata também que na Educação, na Justiça e na Economia poucos resultados foram alcançados pelo executivo. Quase a cumprir dois anos de mandato, Cavaco eleva o tom mais muito de mansinho. Fazem-se apostas para quando é que o PR vai libertar o «monstro» que existe dentro dele?
Pedro Abrunhosa debitou umas postas de pescada em plena Praça do Comércio direitinhas para a Avenida dos Aliados, no Porto. Ao seu destinatário, Rui Rio, o músico que canta como quem arrota baixinho, chamou «ditador de província». Depois de Salazar e Sócrates, portugueses com pulso e fortemente determinados, para usarmos um eufemismo, não se espantem que o Abrunhosa engula daqui a uns anos o que agora está a dizer. Afinal, os portugueses, adoram um líder de cinto na mão...
As modas já chegaram aos rituais fúnebres e de pesar e, o mais curioso, é que atravessaram mesmo o quase sempre inexpugnável canal da Mancha. Quando julgávamos que a idiota prática de bater palmas num minuto que se imortalizou como sendo de silêncio, se confinaria à parte continental do Velho Continente, assistimos que a mesmo bizarria aconteceu agora nos campos da Premier League, quando se prestava homenagem ao jogador do Motherwell que sucumbiu no passado fim de semana.
«Foi uma merda, foi um cocó, foi uma cagada». O coro gospeliano que encerrou “Diz que é uma espécie de réveillon” prosseguiu a senda de auto-comiseração iniciada e permanentemente alimentada pelos autores nos dias prévios. O programa não foi mau, mas também não deslumbrou. Mas curiosamente foram os momentos musicais, todos resgatados aos anos 80, que salvaram a honra do convento. A ideia de regressar à década prodigiosa até que foi bem engendrada, mas, por exemplo, o recurso ao helicóptero acidentado acabou por aborrecer, repetido até à exaustão. Curiosamente, o melhor sketch, teve como protagonista, mais uma vez, José Sócrates, num regresso ao passado, corria o ano de 1985. A fumar brocas com um companheiro, o então jovem, com ar woodstockiano, já prometia criar 150 mil empregos, construir o aeroporto da Ota e até disse ao colega de desbunda que mais depressa chegava a líder do governo do que tirava o curso de engenharia. Agora que os “Gato” entram em ano sabático, confessamos que vamos ter saudades da sátira política. Em São Bento, respira-se de alívio. A pausa dos “fab four”, enquanto humoristas, justifica-se. O balão estava a perder ar. A imaginação começava a gastar-se. Já os “gato” líderes da oposição deviam continuar em funções. Em nome do não à claustrofobia democrática. Por muito que se esforce, L Filipe Menezes não chega aos calcanhares de Araújo Pereira & Cª.