31 outubro, 2012

Momento lúdico da noite


Pequenos, terríveis e patetas

Alguém me explica qual é a piadola de ter excursões de miudagem das 18 até às 23 da noite a tocarem à porta de um honrado trabalhador apenas para a sacramental pergunta: «Doce ou travessuras». Isto aqui não é os «states». Os paizinhos que levem os garotos para casa. Got it?

Irmãos gémeos falsos

Bela foto do Tiago Petinga da Lusa, tendo como protagonistas Passos e Gaspar. Uma espécie de gémeos falsos separados à nascença. Um diz mata, outro diz esfola.

30 outubro, 2012

«Sr. ministro já tomou café esta tarde?»

José Alberto Carvalho e Judite de Sousa deram um novo «élan» à informação da TVI, mas de vez em quando há uns momentos de curto circuito em certas cabecinhas. Hoje foi a vez da repórter Marta Miranda, da editoria de Política, deambular feita tontinha pelos corredores do Parlamento para questionar os deputados sociais-democratas sobre o que era «refundar», inquirir o ministro Álvaro se tinha pago o seu próprio café e, a mais incrível, perguntar ao Gaspar, quando este entrava no hemiciclo, se «já tinha tomado café esta tarde?». Em jornalismo isto chama-se os bastidores, o folclore ou o outro lado do evento, mas foi claramente um acto falhado. Bernardo Ferrão há só um e mesmo os momentos mais apalhaçados só ele consegue interpretar.

Mais um pronto para o sacrifício

Ribeiro Cristóvão escreve hoje no sítio da Renascença sobre a urgente «refundação leonina». O clube de Alvalade tem o seu pior início de campeonato de sempre, figurando na segunda metade da tabela, apenas com uma vitória somada. O belga Vercauteren é o próximo candidato ao nutrido cemitério de treinadores que jazem em Alvalade. Foi hoje apresentado e se os portugueses fossem loucos a apostar como fazem os britânicos, avançar com o número de meses que vai aguentar em Lisboa era capaz de ser desafiante. Já agora, na aposta podia avançar-se, igualmente, sobre o dia previsto para as próximas eleições no reino do leão. Não quero com isto estimular o lucro à custa da desgraça alheia, mas tornava o clube de Alvalade muito menos deprimente. Vão por mim.

O gracioso Montenegro dos aventais

A frase do Ulrich supera tudo o que imaginar se possa, por isso, escolhi-a para frase do dia, mas a «poia» do Montenegro dos aventais, excelso líder parlamentar laranja, que este Orçamento tem «sensibilidade social», porque «procura a justiça social e a equidade na austeridade», não lhe fica nada atrás e estimula a uma boa gargalhada. Não é possível refundá-lo?

A frase do dia

«O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta. Não gostamos, mas aguenta», Fernando Ulrich, presidente do BPI, Agência Lusa, 30 Outubro 2012

29 outubro, 2012

"Sandy"

Os "neons" cintilam, mas não circula ninguém. Parece que se vai rodar um filme de Hollywood em Times Square, Nova Iorque. Só que esta película é mesmo realidade, um «reality show» que as networks esmifram até ao tutano, como se o fim do mundo estivesse iminente. O apocalipse ao virar da esquina. Afinal, é "só" o furacão baptizado "Sandy". É o que dá não ter uma guerra a sério para alimentar as audiências vai para uma década.

28 outubro, 2012

As bruxas e o mau tempo nas presidenciais

A «tempestade perfeita» ou «franken storm». Ainda  não pisou terra, mas o «Sandy» já está a gerar o caos na costa leste americana, pouco mais de uma semana das eleições presidenciais.Em véspera de Halloween, não faltarão os que dizem as bruxas podem decidir o futuro inquilino da Casa Branca.

O «chip» da poupança

Poupança é o vocábulo que mais rivaliza com crise. Depois de gastar à tripa forra, os portugueses estão a mudar o «chip» e a controlar os impulsos consumistas. Os livros sobre finanças pessoais saem para os escaparates como pãezinhos quentes. O mais recente chama-se «Manual da Poupança» e é da autoria de João Barbosa e Ricardo Ferreira. Numa livraria perto de si, por um preço cómodo, saiba algumas dicas preciosas para poupar uns trocos ao fim do mês.

«Geração exílio»

Os espanhóis têm muitos defeitos, mas são mestres na arte de simplificar. Foram eles os inventores da «geração mileuristas», quando era um escândalo que jovens que passaram anos a estudar auferiam «apenas» 1000 euros, e agora criaram a «geração exílio» para classificar os jovens que, sem condições para demonstrar o seu valor no país de origem, decidiram emigrar de Espanha rumo a outras paragens. As histórias que o «El Mundo» conta são idênticas a muitos jovens em português, mas contadas em castelhano...

Lições da maratona


Ainda sobre a imagem da maratona inventada pelo humor inglês do sul do Gaspar, vem-me à memória o episódio da atleta suiça Gabriela Andersen-Schiess que terminou a prova dos 42,195 Km, em Los Angeles, em 1984, o ano em que Rosa Mota obteve o bronze para Portugal. Com 39 anos, completamente desidratada, desnorteada e cambaleando, a atleta cruzou a meta de forma penosa perante a emoção e admiração do estádio olímpico californiano. Isto para dizer, em resposta ao ministro, que o esforço e a determinação até podem chegar para cortar a linha de meta, o pior são mesmo as sequelas futuras.

A frase do dia

«Tenho muita pena que o nosso país esteja a viver a poder de lágrimas e ais», Antonio Lobo Antunes, escritor, Rádio Renascença Online, 28 Outubro 2012

27 outubro, 2012

Algures ao quilómetro 27


Gaspar, Gaspar, Gaspar. Todos os dias entra-nos pela casa, sem avisar, de pé de cabra na mão, pronto a consumar o furto. Hoje saiu mais uma pérola daquela boca linda. Diz ele, depois da «blague» de estarmos a meio da ponte, que nos encontramos na «fase final da maratona», com «dois terços do processo de ajustamento» realizado. Mas disse mais: Gaspar estima Portugal está «por volta do 27.º quilómetro», quando se sabe que a maratona são 42,195 quilómetros. E é precisamente entre os 30 e os 35 quilómetros que acontecem as maiores surpresas. Os desfalecimentos súbitos, por exemplo. Tudo isto, a metáfora atlética, para mandar o recado que o pior está para vir. A meta no estádio olímpico ainda está bem longe. As condições atmosféricas são terríveis e o atleta padece de obesidade. Talvez cheguemos à meta, mas o atleta correrá os últimos metros a cambalear e sairá de maca, directamente para o hospital, completamente desidratado.

26 outubro, 2012

A frase do dia

«O ministro das Finanças faz-me lembrar um alentejano que vai em contramão na A6», Miguel Sousa Tavares, citado pela «Sábado», 25 Outubro 2012

Banqueiro contra as cordas

Vi parcialmente a entrevista que o presidente do BCP, Nuno Amado, deu a Judite de Sousa na TVI24. Na parte a que assisti, a entrevistadora não foi propriamente mansa com o banqueiro, nomeadamente nas relações do Millenium com os clubes de futebol e as responsabilidades dos bancos na concessão de crédito às empresas. Quando Judite se despediu dos telespectadores, os microfones ficaram 2 segundos ligados e ouviu-se Amado a lamentar-se: «Queria matar-me, você!». Num momento em que o jornalismo está contra as cordas, vale a pena ouvir lamentos destes, ainda para mais vindos de quem vêm. 

24 outubro, 2012

De regresso à vida

Francisco José Viegas é tão bom editor, crítico literário e gastronómico que era um desperdício tê-lo na inexistente secretaria de Estado da Cultura. Sai no final do mês do cargo, a pedido do mesmo, alegando motivos de saúde. Ó Francisco, goze a vida e deixe a pandilha da maioria governar o ingovernável tasco. Escreva, edite, critique e almoce e jante onde desejar. Já agora partilhe, sff.

O tal canal da Luz

Luís Filipe Vieira já decidiu. Contra muitos prognósticos, inclusive o meu, vai centralizar os direitos televisivos do Benfica no canal do clube, rejeitando renovar contrato com a Olivedesportos. É uma decisão óptima em termos de radicalização do discurso, mas só falta agora  inventar que o Benfica não ganhou campeonatos com mais frequência nos últimos anos devido à SportTV. José Eduardo Moniz, o mago da caixinha mágica, vai liderar um brinquedo muito do seu agrado, mas muitas questões se colocam: Vai a Benfica TV ser um canal codificado? Terá o sistema de pay per view? Será que os depauperados portugueses estão dispostos a pagar uma assinatura mensal para ver 15 jogos do Benfica na Luz? Muitas perguntas sem resposta. E há outra coisa. Sem vitórias, não há palhaço!

Azelhice ou experimentalismo?

Estou indeciso em definir se esta governação prima mais pela azelhice ou pelo experimentalismo. Um passo à frente e dois atrás. É quase sempre assim. O último sacrificado foi o ministro Mota Soares, que veio dizer que a tal proposta de redução do subsídio de desemprego, afinal, já não é para avançar. Porventura, é capaz de ter que ficar para segundas núpcias. Sem vergonha é pouco, para classificar a pinta e os actos desta malta.

A frase do dia

«A melhor da semana foi Godinho Lopes assumir o futebol. Como é possível alguém que não tem a noção do que é este desporto assumir este papel em vez de entregar a profissionais. Por este andar, qualquer dia também mete o querido Paulinho na rua e também fica a tomar conta do roupeiro clube. Haja tino e vergonha, já chega», Carlos Barbosa, ex-dirigente do Sporting, citado pelo «Record», 24 Outubro 2012

23 outubro, 2012

Presidente sem tusto?


Rui Rangel vai perder as eleições da próxima sexta-feira para LF Vieira. Mas se ganhasse teria um problema para resolver. Diz ele que se a maioria dos sócios votar nele, pede, acto contínuo. uma licença sem vencimento da sua profissão de magistrado e depois de eleito colocará à consideração dos sócios do SLB se pode tornar-se no primeiro presidente remunerado na história do clube. Se os soberanos sócios dissessem não, Rangel arriscava-se a gramar quatro anos sem tusto. Exceptuando os almoços, os jantares, as despesas de representação e o carro com motorista. Só que isso ainda não enche o frigorífico lá de casa. Era caso para lançar uma mega-operação coração para sustentar o novo líder máximo dos encarnados, qual sem-abrigo em apuros. Mas não vale a pena pensar muito. Rangel vitorioso só em sonhos.

Execução digna de um filme de terror

Não há grande volta a dar. Os números da execução orçamental são uma perfeita desgraça e não há herança que possa ser invocada. Quanto mais impostos, menos receita, é o que apontam os números que são como o algodão, não enganam. Solução? Carregar nos impostos como se não houvesse amanhã. Isto não é política, é um filme de terror.

A despesa segundo Gaspar

Em «Vitor Gasparez», cortar na despesa é sinónimo de dar talhada no subsídio de desemprego. Mais um prego para o caixão de muita gente. Vão faltar cangalheiros para as cerimónias fúnebres. Á falta de dinheiro para urnas, sepultam-se as vítimas em valas comuns. Apetece-me repetir o que disse Jerónimo para Passos: «O senhor não sabe o que é a vida». Eles não sabem, nem sonham...

22 outubro, 2012

A frase do dia

«Hoje no Gambrinus almoçavam Carlos Moedas e Sousa Cintra. Felizmente em mesas separadas. Se não teria ficado a pensar que a Troika ia entrar no Sporting», Luis Paixão Martins, publicitário, na sua conta do Facebook, 22 Outubro 2012

Fora e dentro da História

Lance Armstrong foi «apagado» dos registos do ciclismo mundial. A UCI aceitou as provas que a sua congénere americana reuniu para acusar o ciclista, que chegou por 7 vezes em primeiro nos Campos Elísios. Armstrong desaparece da  história da modalidade, mas fica para a história como o primeiro ciclista de sempre a ser desclassificado sem nunca ter dado positivo num controlo anti-doping.

Mãos de génio e língua de trapos

A próxima prioridade nacional vai ser encontrar os culpados para a tragédia leonina. Os ex-dirigentes podem colocar-se em posição para o pelotão de paineleiros e opinadores do reino começar a disparar. De Roquette, a Santana Lopes, passando por Bettencourt e, porventura, acabando em João Rocha, todos vão comer para medida grande. Já agora não se esqueçam do Eduardo Barroso, um génio na sua área, mas um elefante num loja de louça Limoges sempre que fala do seu clube e de tudo o que gravita à volta. Para piorar as coisas este homem é «só» o presidente da mesa da assembleia geral de Alvalade. Volte para a mesa de operações e cale-se, caro doutor!

21 outubro, 2012

Eterno desconto

No Jornal de Notícias, o jornal que ainda é do Quim Oliveirinha, até a morte já está em saldo. Os anúncios das missas de 7.º dia estão por metade do preço e as do 30.º dia estão com 75 por cento de desconto. Sabe bem pagar tão pouco, mesmo depois de morto...

A ominisciente D. Cândida


O caso das escutas, alegadamente envolvendo o nome do Primeiro-Ministro, é mais porcaria atirada para a ventoinha. Não sei porquê, mas tenho um dedinho que me diz que o autor da fuga ou é o ex-procurador ou a «menina da rádio», Dona Cândida. Aliás, a SIC anda a passar umas imagens em que a aparece a procuradora e o ex-PGR a iniciarem uma reunião, julga-se a última durante o consulado de Pinto Monteiro, em que aparecem dois CD's a sair de dentro de um envelope com outros documentos. Ainda dizem que a Justiça portuguesa não é transparente...Querem algo mais claro do que isto?

19 outubro, 2012

Traumas e manias

Dia chave para o caso Renato Seabra, em Nova Iorque. O psicólogo contratado pela defesa do modelo garantiu que Renato é, na realidade, bissexual, manteve relações homossexuais com os primos entre os 16 e os 18 anos e que foi abusado por um vizinho quando tinha 8 anos. Está explicado o caso. Outro traumatizado da vida.

Quando nem as aparências iludem

José Manuel Rodrigues a pedir o fim da coligação pode ter sido um pequeno lapso, já Pires de Lima a referir que o Primeiro-Ministro revela alguma «insensibilidade» e «impreparação» no OE 2013 já parece coisa menos inocente. Este casório de conveniência já deu tudo o que tinha a dar. Só não assinam o papel do divórcio, porque é bom manter as aparências.

Mente brilhante

O Mexia, que foi ministro das Obras Públicas, descobriu a pólvora ao afirmar: «o país exagerou na construção de estradas». Mente brilhante.Esqueceu-se de dizer que temos também excesso de estádios, carros, compras a crédito, políticos corruptos, incompetentes e chupistas.Esqueci-me de mais alguma coisa?

18 outubro, 2012

A frase do dia

«Por favor, não crie um imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade. Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia. Permita-me, sim? E verá que nos meus olhos haverá saudade e a esperança de um dia aqui voltar, voltar à minha terra. Voltarei com mágoa, mas sem ressentimentos, ao país que, lá bem no fundo, me expulsou dele mesmo», Pedro Miguel, enfermeiro recém-licenciado que partiu para Inglaterra para trabalhar, em carta de despedida dirigida ao Presidente da República, 18 Outubro 2012

Luz ao fundo do túnel

Como nada acontece por acaso, corre com insistência o rumor que a Olivedesportos e o Benfica já terão um acordo verbal para a renovação dos direitos televisivos dos jogos do clube da Luz na Sport TV. O negócio concretizado hoje com os angolanos, leva a que Joaquim Oliveira fique exclusivamente concentrado nos direitos desportivos e transmissões televisivas. E seria de espantar que ficasse sem a galinha dos ovos de oiro do pontapé na bola. Luís Filipe Vieira berrou, berrou, mas depois de ganhar as eleições do final do mês, lá virá, contrariado, dizer que não há alternativa ao canal do Quim Oliveirinha. Com jeitinho, os angolanos ainda metem algum capital na SAD da Luz. Isto está tudo ligado...

Diário de Luanda

Joaquim Oliveira deve ter respirado de alívio quando fechou o negócio com os angolanos. O empresário desfez-se do seu ruinoso negócio dos «media» que há anos vinha suportando, sabe-se lá como. Os históricos DN e JN, bem como a TSF e O Jogo passam para mãos de um misterioso investidor angolano. Reestruturações e despedimentos à vista, linha editorial condicionada, deve ser a estratégia a seguir pelos novos patrões destes órgãos de comunicação social. Isto já para  não falar da possibilidade de encerramentos. O DN, uma verdadeira instituição nacional, vende em banca uns míseros 15 mil exemplares por dia. Empresários ávidos de lucro não pegam em projectos moribundos.

17 outubro, 2012

Cheira a podre

O apodrecimento governamental acontece todos os dias. Os silêncios, as reuniões secretas, as mensagens no Facebook e os recados anónimos para os jornais indiciam que a coligação está à beira da implosão. Cavaco deve estar algures nos bastidores. Sabe-se lá a fazer o quê. O caos que reina em S. Bento ainda não mereceu da sua parte qualquer comunicação ao país ou comunicado através da sua catita página no FB. Grave, grave foi mesmo o caso do estatuto dos Açores.

Otelo volta à carga

Um ano depois, Otelo volta a ser entrevistado pela Lusa e insiste no argumento que isto só lá vai com uma operação militar para mudar o regime. Diz ele, suspirando, que para isso acontecer bastava possuir 800 homens do seu lado e «ter menos 30 anos». Os homens ainda se arranjam, ilustre Capitão, o pior é mesmo rejuvenescer 30 anos.

Borges & Gaspar

O Borges e o Gaspar são, como se sabe, farinha do mesmo saco. Disse hoje o Borges que é uma sorte o país poder contar com o contributo deste ministro das Finanças e que «não se muda de timoneiro a meio da tempestade». Continuo a achar que um e outro estão a pedir uma tarte nas fuças. É um protesto inócuo, que deixa marca, envergonha os visados e dá no máximo uma identificação por parte da polícia.

O novo look do Multibanco

Corre o boato nos «mentideros» das frenéticas redes sociais, que este será o novo painel das caixas ATM a partir de 1 de Janeiro de 2013. Powered by Gaspar, Borges & Companhia.

Simplesmente Maria

Esta menina chama-se Maria Archer e foi uma das manifestantes em pelota no protesto de segunda-feira, no Parlamento. Já se pede que seja o novo busto da República, sem tanga e de maminhas ao léu.

15 outubro, 2012

Prémio «Dont' fuck me, Gaspar!»

«A minha participação tem como único propósito retribuir ao País o enorme investimento que o País colocou na minha educação (...) A minha educação foi extraordinariamente cara e Portugal investiu na minha educação de forma muito generosa durante algumas décadas (...) É minha obrigação é estar disponível para retribuir essa dádiva que o País me deu», Vítor Gaspar, ministro das Finanças, Agência Lusa, 15 Outubro 2012

O «elefante» Moedas

Enquanto tudo arde no «rectângulo», o Moedas foi tocar o sino no outro lado do Atlântico, em Wall Street, e convencer os empresários americanos que Portugal é um exemplo de credibilidade. O Moedas andou numa roda viva, deu entrevistas à Reuters e à CNN, qual estrela cintilante do «star system» político português. Um verdadeiro «elefante» político, à espera que lhe dêem uma moedinha.

Só o olhar não mente

Há ali  um misto de loucura e génio em Gaspar. No olhar, na forma de falar, até na forma como manifesta o seu incómodo. Quando confrontado com a insistência dos jornalistas sobre se não havia uma receita alternativa a este OE 2013, o ministro das Finanças disse algo do género: «Não tornem a repetir a mesma pergunta, senão terei de mudar o tom de voz». Isto é sinistro. O tom manso e os modos educados que emprega fazem adormecer um indivíduo que padece de insónias. O resto já todos sabem. O caminho é estreito e a sodomia fiscal é para continuar até ao verão de 2014, quando nos prometem a saída da troika e a entrada do paraíso.

A frase do dia

«Sporting não pode ser um viveiro de treinadores queimados», Godinho Lopes, presidente do Sporting, RTP1-, 15 Outubro 2012

14 outubro, 2012

Uma mensagem nada católica

Na outrora católica TVI, durante a manifestação cultural na Praça D. João I, no Porto, foi gracioso ver dois miúdos, que não tinham mais de 6 ou 7 anos, carregarem um cartão com a seguinte mensagem: «Sr. Policarpo vá à merda». De pequeninos é que se dão recadinhos...

Falsos gémeos

Tudo acontece ao pobre Pedro. Desta vez o caso da secretária pessoal do Primeiro-Ministro que foi exonerada por alegado abuso de confiança. Diz a imprensa que a senhora Helena Belmar da Costa «utilizou indevidamente bens do chefe do executivo». Corre também  nos mentideros que a secretária prestou, anteriormente, assistência, administrativa, claro está, a Miguel Relvas. Como se sabe a actual companheira do ministro dos Assuntos Parlamentares foi assessora de imagem de Passos Coelho durante as eleições legislativas. Estes tipos são falsos gémeos, partilham tudo, até os negócios.

Maldito «contexto nacional»

 Os dois nossos meninos que governam o burgo meteram a cabeça fora da janela para fazerem «mea culpa» pelos maus resultados dos seus partidos nas eleições insulares. Maldito «contexto nacional». Pedrinho e Paulinho pareciam dois meninos travessos de um colégio de elite, cujo conselho directivo decidiu puni-los pelo estilo irrequieto. Mesmo na hora de levarem reguadas, o menino Paulinho é sempre mais claro. Toda a gente o percebe. O Pedrinho é mais enigmático e cifrado. Acho que só mesmo ele é que se entende a ele próprio.

O «Schwarzeneger» das ilhas

Até dá gosto ver uma noite eleitoral das eleições dos Açores. Gente digna e sem ponta de polémica. Quem ganha, faz bons e motivadores discursos e quem perde, fá-lo com dignidade, sem apontar o dedo a quem se está a «lixar» para eleições e que acabou por «lixar» a candidata. Este Vasco Cordeiro, o novo presidente do governo regional, tem boa pinta e um corpanzil que assusta. Um autêntico Schwarzeneger das ilhas.

13 outubro, 2012

O Cardeal salazarento

O Cardeal Patriarca de Lisboa acha que os portugueses não devem sair à rua, porque os problemas não se resolvem com manifestações. Diz ele que não adianta nada e que assim é que não vamos para a frente. Comer e calar, está visto. Certeiro foi o Major Tomé, esta tarde em plena Praça de Espanha, que comparou D. José Policarpo ao Cardeal Cerejeira, a eminência parda do sr. presidente do conselho.

Um «case study» em Belém

Cavaco é um verdadeiro «case study» de como uma década de exercício presidencial pode ser tão desastrosa. O Presidente deixa os testemunhos relevantes para o Facebook e reserva as banalidades para os discursos oficiais. Hoje escreveu na «tasca do Zuckerberg», no seguimento das declarações de Lagarde, que o défice não é para ser cumprido «a todo o custo». Já tem quase cinco centenas de comentários a crucificá-lo. Só tem aquilo que merece.

«Pirómano» a monte

Enquanto tudo arde no rectângulo, um dos «pirómano» a monte é «apanhado» pela objetiva de um cidadão-paparazzi num rua de Paris, imagem divulgada nas páginas do «Correio da Manhã» de hoje. De fato de treino, aguarda que o sinal caia para verde para prosseguir o seu jogging diário. O exílio dourado de Sócrates continua na «cidade-luz».