13 março, 2011
A confissão
Um verdadeiro documento. Mão amiga fez-nos chegar um trecho de uma entrevista do grande chefe ao extinto «DNA» do DN, corria o longínquo ano 2000, estávamos nós no «pântano» do engenheiro Guterres. Dizia ele, o grande chefe, não ter «talento e as qualidades que um Primeiro-Ministro deve ter». Cinco anos depois, deve ter tomado o elixir que lhe deu plenos poderes para assumir tão hérculea tarefa. Tão forte que ainda por cá anda. Cambaleando, mas ele vive. Para mal dos nossos pecados.
A frase do dia
«No futebol a justiça é os golos», Jorge Jesus, na conferência de imprensa no final do Benfica-Portimonense, TSF, 13 Março 2011
«Generación en apuros»
Leio na imprensa espanhola online notícias sobre a manifestação de ontem. Na nossa imensa pequenez devemos ficar muito orgulhosos da língua que Camões nos deu. A nossa «geração à rasca» é traduzida por «generación en apuros» pelo El País e «revolucion precária» pelo El Mundo. Parecem títulos de filmes de acção de Hollywood. Importante é que em língua for, a luta é alegria, pá!
A luta é alegria, a dialéctica uma palhaçada
Como está na mó de cima, Pinto de Costa foi acometido de uma diarreia verbal, pouco usual no último ano. Referindo-se à alegada agressão de que foi vítima Rui Gomes da Silva, vice benfiquista, num restaurante do Porto, na sexta-feira, o presidente azul e branco disse o seguinte: «Podem simular agressões a qualquer palhaço, mas nós vamos continuar o nosso destino. E o nosso destino é vencê-los». Se a luta é alegria, a dialéctica futebolística, essa sim, é uma palhaçada, sem consequências para os seus intervenientes. No Benfica, não é Luís Filipe Vieira a meter as mãos na lama. Manda o capataz João Gabriel, o manda-chuva da comunicação, insinuar que foi Villas-Boas a avisar que Gomes da Silva estava no mesmo restaurante que o treinador do FC Porto. O ódio é tão grande que manda a prudência que nos próximos jogos entre ambos os emblemas, em Abril, um em Lisboa e outro no Porto, a distância aconselhada para os respectivos estádios sejam nunca inferir a 2 quilómetros. Quem avisa...
A Primavera dos enrascados
A jornada de luta foi porreira, pá. O povo saiu à rua, cantou, bebeu e insultou a escumulha que nos governa. Dizem que cheirou a Abril. É capaz. Mas acho que isto só lá vai mesmo com algum sangue derramado e muitas bastonadas. Depois do cerco ao quartel do Carmo, em 1974, porque não um cerco ao Palácio de São Bento, em 2011?
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