À segunda a Irlanda disse «Sim» ao Tratado de Lisboa, mas todo este processo faz lembrar o árbitro, leia-se Comissão Europeia, que manda repetir o penalty porque alegadamente o guarda-redes se mexeu ao defender a penalidade máxima. Na repetição o penalty é mesmo convertido, porque tem mesmo de ser assim. O processo europeu parece, à partida, viciado. Tudo leva a crer que vai haver Tratado de Lisboa. Barroso e Sócrates, os tais do «porreiro, pá», ficaram com o seu nome no documento, mas esta Europa continua muito cambaleante. Faltam líderes inspiradores e rareia a categoria e o carisma para mobilizar as massas.
03 outubro, 2009
A atracção pelo abismo
O autarca Costa até gostava, mas argumenta que «Lisboa não tem condições» para organizar uns Jogos Olímpicos. Nem umas olímpiadas, nem um mundial de futebol, nem um europeu, que por acaso até já organizámos e do qual ainda estamos a pagar a pesada factura. Sempre ouvi dizer que quem não tem dinheiro não tem vícios. Por cá, os líderes que temos, teimam em sonhar alto e em assobiar para o lado, encaminhando as massas rumo ao precipício.
Rio de Janeiro, 2016
Agora que apontamos baterias para Angola, é o Brasil que está na moda. Depois de ser seleccionado para organizar o Mundial 2014, o Rio de Janeiro vai acolher, pela primeira vez na América do Sul, as Olímpiadas 2016. O petróleo de Lula ganhou ao charme de Obama, que viu a «sua» Chicago ser derrotada «por goleada» e regressou a correr aos «states». Madrid voltou a perder pela segunda corrida consecutiva. Se calhar até seria uma candidatura mais segura do que a do Rio, mas os presidentes do COI costumam impor a sua lei na medida em que querem ficar para a História: Samaranch foi o primeiro a levar os jogos à China, Rogge será lembrado como o responsável do movimento olímpico que levou o evento à América do Sul. Lula da Silva ganha em toda a linha e tem caminho aberto para alterar a Constituição para fazer um terceiro mandato no Palácio do Planalto. Os brasileiros estão com o ex-metalúrgico.
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