02 setembro, 2008

Há petróleo na Premier League

O Abu Dabi United Group, os novos donos do Manchester City, estão tentados a fazer de Roman Abrahmovic um milionário pigmeu. Sulaiman al Fahim, empresário bem sucedido a construir arranha-céus e complexos hoteleiros, é o rosto, o testa de ferro a bem dizer, da massiva entrada de capital na milionária Premier League. Os árabes apoderaram-se ontem do segundo clube de Manchester e compraram logo Robinho por 42 milhões de euros. Hoje, apresentaram uma proposta de 168 milhões de euros para adquirir...Cristiano Ronaldo. Não satisfeitos, os sheiks querem contratar ainda Fabregas e Torres. Um poço sem fundo.

O Estado no banco dos réus

Paulo Pedroso, ganhou a acção interposta contra o Estado por prisão ilegal de quatro meses e meio no processo da Casa Pia, decretada por «erro grosseiro» do juiz Rui Teixeira. Depois do ex-dirigente do PS, no final do ano, para quando está prevista a leitura das alegações finais do mega-caso de Pedofilia, vão continuar a pingar os pedidos de indemnizações reparatórias ao Estado. Provavelmente ainda mais chorudas. Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Jorge Rito, etc, etc, etc. Carlos Silvinio será o unico mau da fita. E, ainda assim, arrependido. Um pobre diabo.

A insustentável leveza da justiça desportiva

«Carlos do Tabaco», ou Carlos Santos como foi baptizado em pequenino, reside em Gaia e é vendedor e distribuidor de máquinas de tabaco. No sábado à noite, abriu a cancela, entrou no relvado da Luz e apertou o pescoço a um árbitro assistente. O «Diabo» diz estar arrependido e recusa dar entrevistas, «a não ser por valioso cachet». O castigo da Comissão Disciplinar para o Benfica foi apenas de 3 500 euros por terem sido cometidas «duas infracções disciplinares de agressões dentro do complexo desportivo»: uma, a investida do «Diabo» no pescoço de José Ramalho e, a outra, uma garrafa de água cheia que deixou um hematoma com corte no centro da cabeça ao auxiliar José Luis Melo. Coisa Pouca. Daqui para a frente, talvez fosse conveniente definir o que é preciso para interditar um estádio. Provavelmente disparar uns tiros e arremessar umas granadas para o relvado é capaz de ser susceptível de uma sanção leve.

Jornal do incrível

«Uma criança de 11 anos, residente em Ribeira de Pena, espetou uma faca no próprio coração quando cortava uma fatia de melão e sucumbiu às hemorragias», notícia do «Correio da Manhã», 2 Setembro 2008

Eleição desfocada

Na América o escrutínio da vida privada dos políticos atinge tal dimensão que acabam por ser escolhidos não os melhores, mas os que têm menos «rabos de palha». Obama e McCain parecem não ter muitos, sobre Biden ainda devem estar a escaranfunchar nos arquivos, mas sobre a senhora Palin, a última a emergir, o relatório parece feito e é denso. A governadora do Alaska é acusada de abuso de poder num caso ocorrido no seu Estado, a filha de 17 anos está grávida de 5 meses e, soube-se hoje, que o seu marido foi detido por conduzir com os copos enquanto jovem. Aliás, o caso da filha da senhora Palin, em conjugação com o furacão «Gustav», estão a eclipsar o previsível efeito mobilizador da convenção republicana. Por este andar, daqui a uns anos, e para evitar que se venham a eleger seres pecaminosos, vai-se para a porta das maternidades recrutar putativos políticos, sem sombra de mácula.

Cotovelada sumaríssima

A Comissão Disciplinar da Liga decidiu esta terça-feira punir Luisão com dois jogos de castigo e mil euros de multa por uma cotovelada ao romeno Sapunaru do FC Porto. O brasileiro vai faltar ao Benfica-Sporting da 4ª jornada. É o primeiro sumaríssimo da temporada, em consequência das imagens big brotherianas da Sport TV. Nada a obstar, mas recomenda-se duas coisas para o que resta de campeonato: a maior atenção à virilidade excessiva de alguns atletas, como Bruno Alves, do FC Porto e, se não for pedir muito, instale-se 12 a 16 câmaras em todos os 9 jogos da Liga Sagres. Seria justo que ficassem todos em igualdade de circunstâncias.

A frase do dia

«Com duas ou três frases, Marcelo Rebelo de Sousa já conseguiu marcar de forma indelével a Universidade de Verão do PSD. Pôs uma "trela curta" à nova liderança e nem sequer lá vai pôr os pés...», Ricardo Costa, jornalista da SIC, SIC-Online, 2 Setembro 2008