A pedido de muitas famílias, como se dizia no antigamente, e de uma solicitação encarecida de uma "postadora" assídua e indefectível desde a primeira hora, o autor desta blog aceita o repto para fazer uma breve resenha da entrevista que o advogado José Miguel Júdice dá hoje ao "Diário Económico" - só a talhe de foice, o jornal que melhor planeou as suas edições de Verão e que concorre, sem favor algum, com os generalistas, cada vez mais apagados.
Aqui vai um compacto, ou "best of" como se diz do outro lado da Mancha, com as melhores "farpas" do causídico:
«(Os portugueses não amam suficientemente a liberdade?) Não amam. São uns anarquistas completos. Querem ser governados por esses, mas querem estar sempre a dizer mal deles. O que se dizia de Cavaco! Mas depois aparecem os bonzinhos, os gordinhos, os dialogantes, os doces, os que estão sempre de acordo com quem falam, os Guterres, os Barrosos, e no ranking dos primeiros-ministros não os colocamos em destaque. O país é assim, esquizofrénico. Temos de viver com a esquizofrenia dos portugueses ou então emigrar. Há em nós uma pulsão autoritária e uma pulsão libertária. Provavelmente, é por isso que estamos vivos»
«Somos um país muito merdoso! Quem governa tem de se encher de paciência, tem às vezes de ter vergonha de quem está a governar. Mas tem de aguentar. Porque ninguém é obrigado a governar. Quem foi para lá foi porque quis. Se eu for nomeado para coordenar a reabilitação da frente Tejo, que é um cargo técnico, não é político, vou levar porrada, vou ser atacado, injuriado, e vou ter de aguentar. Que hei-de fazer! Depois vou-me embora…»
«Nem as civilizações são imortais quanto mais os partidos»
«Os políticos estão habituados a insultarem-se na sua honra num dia e ficarem a rir à gargalhada no dia seguinte. Comigo não é assim. Telmo Correia vai ter que me pedir desculpa por ter dito que eu andava à procura de tachos senão nunca mais lhe falo… »
Aqui vai um compacto, ou "best of" como se diz do outro lado da Mancha, com as melhores "farpas" do causídico:
«(Os portugueses não amam suficientemente a liberdade?) Não amam. São uns anarquistas completos. Querem ser governados por esses, mas querem estar sempre a dizer mal deles. O que se dizia de Cavaco! Mas depois aparecem os bonzinhos, os gordinhos, os dialogantes, os doces, os que estão sempre de acordo com quem falam, os Guterres, os Barrosos, e no ranking dos primeiros-ministros não os colocamos em destaque. O país é assim, esquizofrénico. Temos de viver com a esquizofrenia dos portugueses ou então emigrar. Há em nós uma pulsão autoritária e uma pulsão libertária. Provavelmente, é por isso que estamos vivos»
«Somos um país muito merdoso! Quem governa tem de se encher de paciência, tem às vezes de ter vergonha de quem está a governar. Mas tem de aguentar. Porque ninguém é obrigado a governar. Quem foi para lá foi porque quis. Se eu for nomeado para coordenar a reabilitação da frente Tejo, que é um cargo técnico, não é político, vou levar porrada, vou ser atacado, injuriado, e vou ter de aguentar. Que hei-de fazer! Depois vou-me embora…»
«Nem as civilizações são imortais quanto mais os partidos»
«Os políticos estão habituados a insultarem-se na sua honra num dia e ficarem a rir à gargalhada no dia seguinte. Comigo não é assim. Telmo Correia vai ter que me pedir desculpa por ter dito que eu andava à procura de tachos senão nunca mais lhe falo… »