A Torre de Belém, o monumento lisboeta mais visitada pelos turistas (447 mil em média, por ano) está rodeado de lama e buracos desde o início de Dezembro, altura em que se desmontou a tenda gigante que albergou os chefes de Estado e do governo durante a XIX Cimeira Ibero-Americana. A Câmara, através do pelouro do «Zé», tem lá andado com uns tractores, mas o mau tem que se tem feito sentir não tem ajudado. É por estas e por outras que Jardim e seus pares têm muito mérito no hercúleo trabalho de reconstrução do Funchal. Com uma diferença: lá a tragédia foi natural, no continente a dimensão do desastre já roça a estupidez.
02 março, 2010
Obcecados pela «zebra»
Em Portugal as notícias são «plantadas» nos jornais, vê-se o feedback da populaça e de seguida, em função da reacção, vai-se em frente ou congela-se a coisa. As multas para os peões travessos que atravessam fora das passadeiras voltou à agenda, depois de longa hibernação. A polícia, segundo ouvi, trajada a rigor e à paisana, por estar preocupada com o número de atropelamentos, argumenta que se «limitará a cumprir o código da estrada» e a aplicar coimas entre os 10 e os 50 euros para quem desrespeitar as leis. Não há mais nada para fazer neste país. Os ladrões a monte assaltam à luz do dia bancos, ouriversarias e farmácias e os zelosos senhores agentes obcecados pela aplicação do código da estrada, segundo as palavras dos próprios. O raio que os parta!
Milagre da política
Esqueçam lá isso do conflito das autonomias. A Lei das Finanças Regionais está suspensa e a relação entre o Governo da República e o Governo Regional ascendeu à paz dos anjos. Sócrates e Jardins são dois políticos cooperantes, em prol do interesse nacional. Após se ter operado este milagre na política, só espero agora que surja outro facto transcendente para aproximar Pinto da Costa e Luis Filipe Vieira. Será preciso uma tragédia?
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