"O CCB é apenas um episódio da crescente "berardização" do país", Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 28 de Junho, 2007
28 junho, 2007
Diz-me a que velocidade circulas, dir-te-ei o tamanho...
“Conduzes depressa. Ninguém acredita que sejas bem dotado”. Este é o lema de uma campanha rodoviária na Austrália para tentar reduzir a sinistralidade nas estradas daquele país. O mote publicitário visa relacionar o excesso de velocidade com a falta de demonstração de virilidade masculina. No video publicitário, várias mulheres levantam o dedo mindinho com ar de desprezo pelo condutor que circula a alta velocidade. A conclusão é imediata: vão depressa, logo, têm um pénis pequeno. Sabendo da tendência dos portugueses para meter “prego a fundo”, a conclusão é óbvia...
Um capacete divino
O Vaticano está a investigar se o aparatoso acidente em que o piloto polaco Robert Kubica saiu ileso no GP de Formula 1 em Indianápolis se pode considerar um “milagre”. O curioso é que o devoto piloto usa em todas as corridas um capacete onde tem inscrito o nome do Papa João Paulo II, falecido em 2005, também ele de nacionalidade polaca. O Vaticano deverá solicitar nos próximos dias um testemunho formal de Robert Kubica. Kubica circulava a 280 kms/h quando o seu bólide se despistou.
Marcelo "trama" Saldanha
Confirma-se. Saldanha Sanches foi mesmo vítima de um “ajuste de contas” nas provas de agregação para professor catedrático, de acordo com as palavras do próprio. Os truques "pidescos" voltam, outra vez, a atormentar a vida de um dos mais iconográficos resistentes do fascismo. Parece confirmar-se também, que Marcelo Rebelo de Sousa votou pelo chumbo do fiscalista. Tricas políticas na faculdade.
Foice em Seara alheia
Desconcertante, chamamo-lo assim para ser cordial, é o artigo escrito pela ex-vereadora da CML, actual directora de campanha de Carmona Rodrigues e arguida no caso Bragaparques, Gabriela Seara, publicado hoje no CM. A prosa, é altamente laudatória para o mais recente autarca lisboeta e amigo pessoal de Gabriela, da primeira à última linha e atinge dimensões surrealistas quando se diz: “(...) (Lisboa) é uma cidade onde já se circula melhor, se estaciona melhor, onde a segurança é das melhores da Europa, onde há menos sinistralidade, mais prédios reabilitados (...)”. A avaliar pela amostra, Gabriela Seara, que padece de um patologia benigna chamada “carmonite”, deve ter andado em passeio por Marte nos últimos anos...
Testemunho de um não fumador
“Viver sem fumar é como escrever sem pontuação”, Vasco Pulido Valente, Público, 28 Junho
O autor deste blog, um não fumador convicto, mas que rejeita teorias fundamentalistas, acusou o toque do comentário feito no post anterior e foi ler o artigo de VPV que agita as massas. Ponto prévio: VPV é um militante intransigente do fenómeno tabagista. Como eles, há outros e outras, que me são bem familiares. Respeito, tolero, mas acho que tudo tem limites. Contudo, sou dos que discorda que se ergam novos “guetos” em bares, cafés, restaurantes com base numa senha persecutória intolerante para com os que gostam, sofregamente e muitas vezes como um reflexo condicionado, de levar um cigarro à boca. O que se exige é tolerância mútua.
Sou novinho, mas lembro-me bem daquele anúncio em que em pleno restaurante uma senhora a degustar a sua refeição era invadida por uma espessa nuvem de fumo vinda de um fumador inveterado que nem ligava à vizinhança para saciar a sua necessidade. Perante a indiferença do cavalheiro, a senhora indignada, disse: “Espero que a sua refeição não esteja a incomodar o seu fumo”. Lapidar. Pedagógico. Isto foi há uns bons 20 ou 25 anos. Da prevenção passou-se à repressão. Duvidamos se será boa política. E com toda esta discussão estéril lá se vai enganando os papalvos, desviando as atenções do que realmente é importante nesta sociedade desigual, corrupta e cheia de vícios, bem mais perniciosos que o fumo.
Sou novinho, mas lembro-me bem daquele anúncio em que em pleno restaurante uma senhora a degustar a sua refeição era invadida por uma espessa nuvem de fumo vinda de um fumador inveterado que nem ligava à vizinhança para saciar a sua necessidade. Perante a indiferença do cavalheiro, a senhora indignada, disse: “Espero que a sua refeição não esteja a incomodar o seu fumo”. Lapidar. Pedagógico. Isto foi há uns bons 20 ou 25 anos. Da prevenção passou-se à repressão. Duvidamos se será boa política. E com toda esta discussão estéril lá se vai enganando os papalvos, desviando as atenções do que realmente é importante nesta sociedade desigual, corrupta e cheia de vícios, bem mais perniciosos que o fumo.
As "trapalhadas" de Correia de Campos
Correia de Campos rivaliza com Mário Lino na disputa pelo título de ministro mais hilariante. Depois da tropelias do "deserto" da margem sul protagonizadas pelo camarada Lino, ontem foi a vez do ministro da Saúde regressar aos seus dislates, sugerindo a um médico presente numa conferência que os medicamentos fora de prazo no valor de 1700 euros fossem dados a pobres. O gabinete de Correia de Campos já veio corrigir as declarações do ministro, mas, por azar, os microfones estavam lá. A tão elogiada estrategia comunicacional do executivo faz, por vezes lembrar, as "trapalhadas" do Governo Santana.
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