Quase ninguém deu por isso, mas o ciclista espanhol Alberto Contador conseguiu, aos 25 anos, vencer Tour, Giro e, hoje, a Vuelta. Um desiderato apenas alcançado no passado por Hinault, Merckx, Anquetil e Gimondi. Os tempos são outros e as desconfianças incomparavelmente maiores. O regresso de Armstrong, em 2009, ainda vai atirar mais lenha para a fogueira. Curiosamente, antecipa-se que o americano vai ingressar na Astana, a actual equipa de Contador. Adivinha-se uma coexistência impossível.
21 setembro, 2008
A crise não mora aqui
José Silva Lopes é um dos economistas portugueses mais respeitados. O ex-ministro das Finanças e ex-governador do Banco de Portugal fala uma linguagem acessível e sem grandes subterfúgios. Há uns dias, em entrevista à Renascença, pronunciando-se sobre a crise financeira, confessou-se «assustado» com a situação da banca. Deixou um aviso aos consumidores, «para que não acreditem nos "spreads zero"» e recomendou aos reguladores para que «disciplinem a publicidade bancária». De facto, chega a ser obsceno a carga publicitária com que somos bombardeados na TV, nos jornais e na rádio para promover os produtos bancários. Caras muito bonitas e famosas, músicas da moda a condizer e um sem-fim de facilidades para consumidores com a corda na garganta. Às vezes parece que a crise não mora aqui.
Política de salto alto
As mulheres começam a tomar conta dos grandes cargos políticos das maiores nações do mundo. Depois de Merckl, na Alemanha, Kirschner, na Argentina e Bachelet, no Chile, Tzipi Livni, deverá ser a próxima primeiro-ministro de Israel, a primeira mulher desde a carismática Golda Meir, na década de 70. Gorada que foi a hipótese de uma senhora, na pessoa de Hillary Clinton, morar na Casa Branca, vai ser preciso esperar, pelo menos 5 anos, para que esse cenário se torne uma realidade. Cá em Portugal, essa possibilidade até existe, mas apenas em teoria. Ferreira Leite não parece capaz de reeditar o feito de Maria de Lurdes Pintassilgo.
A frase do dia
«Sócrates é o maior no marketing», Marcelo Rebelo de Sousa, em «As escolhas de Marcelo», comentando o comício de Guimarães, RTP1, 21 Setembro 2008
O regresso do «Verão Azul»
Para alguns dos que hoje estão na casa dos 30 anos, «Verão Azul», será sempre considerada a série que se entranhou na memória colectiva de toda uma geração. Falo por mim, vi e revi, até à exaustão, as desventuras «veraniegas» de Javi, Bea, Desi, Quique, Pancho, Tito e, impossível esquecê-lo, o gordo «Piraña». O equillíbrio da juvenil «pandilla» era dado pela artista plástica Júlia e pelo carismático Chanquete, cuja morte, ficcionada claro está, parou a Espanha. 28 anos depois, a TVE vai emitir uma nova versão da série, que terá o título de «Verano Azul 09'».
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