08 fevereiro, 2011
Cenas de uma «magistratura activa»
A «magistratura activa» de Cavaco tem o seu capítulo inicial com o veto do primeiro diploma com origem no Governo sobre a prescrição de medicamentos. A vingança serve-se fria e programa-se sempre para execução nos segundos mandatos presidenciais. A Sócrates só resta o apoio dos patrões e umas quantas escolas para inaugurar. A ironia das ironias é que a Sócrates só resta mesmo a solidariedade de ocasião do Bloco de Esquerda. As voltas que a política dá.
Bairro Castro
Um grupo de amigos do falecido Carlos Castro, em que se inclui Filipe La Féria, propõe ao presidente da Câmara de Lisboa que o nome do cronista seja incluído na toponímia da cidade. Ávido de reunir apoios na sua corrida ao Rato, o Costa até é capaz apoiar a empreitada, mas se não me levarem a mal, eu proponho outra coisa: como Madrid tem um bairro assumidamente gay chamado Chueca, se a comunidade homossexual da nossa capital não se importar podia-se baptizar um bairro lisboeta com o nome Castro. Simplesmente. Preocupem-se com coisas sérias e vão mas é dar banho ao cão!
Mais que um clube
Confesso que sou daqueles turistas que quando viaja para uma cidade europeia não regressa sem visitar o estádio do clube de futebol mais conhecido. Confesso também já me chamaram doido por comparar uma infraestrutura em cimento, com relva e duas balizadas a um museu de primeira água, mas quem visita Barcelona certamente não enjeitará a oportunidade para visitar as grandiosas instalações do clube (que incluem o estádio principal, o mini stadi, um pavilhão, uma mega-store e um museu interactivo) que é o símbolo máximo do orgulho e projecção de uma região, a Catalunha. Segundo números hoje revelados, mais de 1,3 milhões de pessoas (sem contar com os que assistaram aos jogos) visitaram o Camp Nou em 2010, o que representa uma aumento de facturação relativamente ao ano transacto de 30 por cento. Um registo que supera largamente os visitantes anuais do museu Thyssen, em Madrid, ou do Guggenheim, em Bilbao. Impressionante. Os clubes portugueses comparados com este colosso, dentro e fora do campo, são autênticas formiguinhas e deviam ter vergonha quando se auto-intitulam maiores clubes da Europa e do Mundo.
A lei Dias Ferreira
O Sporting, versão 2010/2011, tem sido uma catastrófica sucessão de erros de casting. Desde o treinador, passando pelo director desportivo para o futebol e acabando no presidente. Já para não falar das «anedotas» que por lá vegetam no plantel. Tão desastrosa performance desportiva já tinha degenerado em algo pior no clube do outro lado da Segunda Circular, mas os netos e outros descendentes do Visconde de Alvalade são fiéis às origens e detestam armar barracada. Se calhar até um dia. Dias Ferreira prepara uma candidatura à presidência dos leões. Se lá chegar é garantido que põe ordem no tasco, mesmo que os fundadores do clube dêem voltas no túmulo. Nem que seja à chapada.
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