Diz a surpreendentemente unânime crítica que o canadiano Michael Bublé deu um espectáculo de rebimba o malho na noite de ontem, no Pavilhão Atlântico. O moço, que sempre sonhou ser a reencarnação de Frank Sinatra, demonstrou grande empatia com o público português e andou a cirandar pela capital em busca de boas vistas e melhor comida. Ao jornal «I», Bublé confessa que em Lisboa esteve no melhor restaurante japonês por onde alguma vez passou e admite ter ficado rendido aos centros comerciais: «Portugal tem shoppings do caraças. Os maiores do mundo». O Colombo encheu as medidas ao jovem Bublé, que não teve pejo em encafuar-se no cinema da superfície comercial contígua ao Estádio da Luz. 48 horas em solo luso deram-lhe para conhecer o essencial da nossa terrinha. Shoppings é mesmo a nossa especialidade.
03 novembro, 2010
A frase do dia
As raposas socialistas enganaram a inocente bruxa má
Encantadora troca de mimos entre PS e PSD na sessão matinal do debate do OE 2011. Ferreira Leite, a «bruxa má» acusou o «Pinóquio», Sócrates, pelo estado a que chegámos, mas até reconheceu compreender este orçamento. Manhosos como uma raposa os socialistas não se cansaram de elogiar a ex-ministra das Finanças por ter assumido com dignidade o seu lugar de deputada. Enquanto bajulavam Ferreira Leite, ninguém se lembrou de Passos Coelho. Afinal, o líder do PSD está impedido de debater directamente com o primeiro-ministro em S. Bento simplesmente porque a «bruxa má», um inatacável exemplo de independência e rigor, não quis. É a vida!
É a economia outra vez, estúpido!
O sistema político americano pode ter muitos defeitos, mas tem a particularidade de realizar eleições intercalares a meio de um mandato presidencial em que os eleitores podem advertir fortemente a administração no poder na Casa Branca. Obama levou um cartão em tons de amarelo torrado. A partir daqui terá rédea curta na Câmara dos Representantes. Os americanos começam a perceber que votaram num exímio orador, que se tem revelado um sofrível executante de políticas, especialmente nas que dizem respeito ao bolso de todos os «fellow americans». Os dois anos seguintes serão decisivos. Se a crise se agravar Obama não passará do primeiro mandato. Sarah Palin, pelo lado republicano, e Hillary Clinton, pelo lado democrata, avançariam para medir forças rumo ao lugar do poder mais desejado do Universo. Seria fazer história outra vez, desta feita no feminino.
A «berlusconada» do dia
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