23 fevereiro, 2010

O arquitecto não dispensa um poleirinho

O director do «Sol» enviou um fax à comissão parlamentar de Ética solicitando o adiamento da sua audição até «que se tenham desvanecido os ecos desta catástrofe». Sustenta o arquitecto que não fazia sentido ir a S. Bento falar de «problemas particulares» quando o país está impressionado com a tragédia da Madeira. Extraordinária argumentação. António José Saraiva, o arauto da liberdade de imprensa cá na terra, fica cego quando sonha sequer que vai ficar sem um poleirinho.
PS: Desprestigiada como anda, a instituição parlamentar cedeu e agendou a audição para sexta-feira. Porca miséria!

A turma dos gazeteiros

Benfica - 4 Hertha de Berlim - 0. Mais de 30 mil espectadores num jogo disputado sob chuva, durante a semana e às 17 horas só pode ser sinónimo de uma de duas coisas ou de ambas: andam por aí muitos desempregados ou muitos gazeteiros a «laurear a pevide».

E tudo a lama lavou

Nutriam um ódio de morte entre si e num ápice caíram nos braços um do outro. «À la minute» esta é a súmula do relacionamento político entre Sócrates e Jardim. A lama e a água levaram tudo e lavaram o imundo relacionamento entre o governo regional e o governo da República. Assim, ao sabor das tragédias, se faz política em Portugal.

A frase do dia

«Tecnicamente morto é quem está na morgue», Alberto João Jardim, presidente do governo regional da Madeira, clarificando a confusão com o número correcto de mortos na sequência da tragédia que assolou a ilha, TVI Jornal, 23 Fevereiro 2010