25 maio, 2011
Portas por esse Rio acima
Sou dos que acha que com Rui Rio na liderança o PSD ganhava com uma perna às costas ao PS e extinguia a raça socrática quiçá para sempre. Os timings políticos, as pressões externas e outras maquinações ditaram que fosse Passos Coelho a avançar. Se calhar, muitos dos criadores do gestor, o tal que garante nunca ter deixado nenhuma empresa falir, já se arrependeram. Ou talvez não. Dia 5 de Junho tira-se a prova dos nove. Portas é que continua com pose de único membro com lugar garantido no próximo governo, quase de certeza a vice-primeiro-ministro. Sabendo disso, tem recordado (com profunda justiça) o trabalho desenvolvido pelos deputados do seu partido no Parlamento nesta legislatura e tem entabulado contactos políticos ao mais alto nível. Pedir para ser recebido por Rui Rio é, convenhamos, uma jogada de mestre. Portas quis mostrar que em plena campanha eleitoral há um presidente de câmara, que nem é do seu partido, que o recebe na sua casa. Passos Coelho desculpou-se, quase a gaguejar, afirmando que não tinha pedido audiência a nenhuma autarca, mas também não precisa, visto que os querem andar atrás de si, neste caso os do PSD, lambem-lhe as botas diariamente em todos os distritos por onde passa. Pelo menos enquanto cheirar a poder.
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