31 maio, 2011
A frase do dia
«Os truques do velho ilusionista estão vistos e revistos e já não pegam, eu não quero perder tempo com ele», Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Edimpresa, atacando o «Cooperfield do Rato», José Sócrates, TVI24, 31 Maio 2011
30 maio, 2011
Momento «Orelhas»
O camarada «Orelhas», LF Vieira para os mais chegados, passou-se um bocado dos carretos na entrevista com a Judite. A de Sousa, não a judiciária. Quando repetidamente questionado sobre as investigações em curso sobre o caso das transferências de Roberto e Júlio César, o presidente do Benfica avacalhou uma conversa que era para ser séria e deu o pior exemplo possível à senhora que estava à sua frente. Convidou-a a imaginar que de manhã, a ver TV ou a tomar o pequeno-almoço, Judite ficava a saber que estavam a decorrer investigações na Câmara de Sintra, liderada por um tal Fernando Seara, sobre desvio de verbas. Experiente, Judite saiu-se bem, apelidando o momento «Orelhas» como um «exemplo inusitado». Eu diria antes que Vieira regressou ao seu bronco estado natural. João Gabriel que o ponha uns meses de quarentena até voltar a abrir a boca.
Troikas, baldrocas e sexylistas
O fenómeno PS/Sócrates que se verifica nas sondagens é, no mínimo, intrigante. Há carradas de grupos no bar do Zuckerberg que promovem movimentos «eu não voto Sócrates», etc, etc, etc. Num deles mais de 72 mil «tugas» prometem não dar mais uma abébia ao engenheiro. A verdade é que o homem continua a resistir. Numa das brincadeiras que o satiriza no Facebook, achei este, que ilustra este post, verdadeiramente delicioso. Quem disse que a política não pode ser sexy? Com uma secretária-geral deste calibre, ninguém estaria interessado em ouvir falar da troika estrangeira.
29 maio, 2011
Sábias palavras de um respeitável ancião
A frase do dia
Dúvidas existênciais
Os portugueses estão cheios de dúvidas quanto ao seu voto, pelos vistos até os pequenos como a foto documenta. Realmente estar dividido entre um mentiroso catedrático e um aprendiz de mentiroso que está a fazer a prova de aferição para entrar na universidade é verdadeiramente um desafio à existência de qualquer ser humano responsável. Vale moeda ao ar para desempatar?
Banco alimentar contra a indiferença
Isabel Jonet, a presidente dos 19 bancos alimentares portugueses, é uma daquelas mulheres com «eles no sítio». O seu projecto de ajudar o próximo voltou a bater este fim de semana o recorde de recolha de bens alimentares para os que mais precisam. E parece que registados já são mais de 300 mil concidadãos. Convidada especial na «homília» dominical de Marcelo na TVI, Jonet falou de forma serena e ponderada sobre um problema gritante que a todos devia inquietar. Diz a economista que depois do Verão, quando as medidas da «troika estrangeira» apertarem, ainda será pior. Jonet ainda disse o óbvio: se o Estado tivesse um planeamento estratégico como têm as empresas portuguesas, nunca aqui teríamos a chegado. A mulher até era capaz de dar uma boa gestora da causa pública. Se ainda for a tempo de figurar no boletim de voto de 5 de junho, a doutora tem o meu apoio.
A respeitável senhora odeia o Sócrates e prejudica Passos
Manuela Ferreira Leite odeia José Sócrates. O engenheiro é uma obsessão para ela. A velha senhora admite-o e voltou a fazê-lo ontem, no pior local possível, em plena campanha e ao lado do candidato do PSD que o quer derrotar. A ex-líder social-democrata, pediu desculpa a Passos, mas disse não estar à procura de um primeiro-ministro, mas sim ansiosa por ver Sócrates fora da política, nem sequer na oposição. Mais um contributo para reforçar que estas eleições são um plebiscito de resposta «sim» ou «não» para eleger Sócrates. É preciso ter respeito pela senhora, mas Ferreira Leite tem sido tudo menos fiel a Passos, para começar no facto de lhe ter negado um lugar nas suas listas no Parlamento, impossibilitando-o de dirimir debates quinzenais em S. Bento com o Primeiro-Ministro.
Visca el Barça!
A máquina trituradora da Catalunha voltou a fazer mais uma vítima na final da Champions, apagando do mapa o colossal Manchester United. Foram 3-1, podiam ter sido mais, numa das mais claras vitórias dos últimos anos. A melhor equipa do mundo, futebolisticamente falando, reside em Barcelona. Contudo, a equipa mais solidária e amiga do mundo também tem a sua morada no Nou Camp. Em nome da amizade, Puyol e Javi concederam a honra de levantar o caneco ao francês Abidal, que há três meses esteve a lutar pela vida numa sala de operações quando lhe extraírm um tumor no fígado. Dizer que o Barcelona é «mais do que um clube» não são palavras vãs ou slogans de marketing. Visca el Barça!
28 maio, 2011
Fábio cambalhota
Retiro quase tudo aquilo que disse no post de ontem sobre o Fábio Coentrão. Depois de ter recusado os convites pessoais do líder socialista, o miúdo disse que participou na acção de campanha com o «Socas», esta manhã, em Caxinas, a pedido do sr. presidente da Câmara de Vila do Conde. Os jogadores tal como os políticos também são todos iguais. Um Coentrão pouco difere de um Figo.
Garcia Pereira X 16
Para pedidos similares, decisões diferentes. Um juiz indeferiu o pedido do MEP para realizar debates com outras forças partidárias. Hoje, outro juiz do tribunal de Oeiras acedeu à pretensão do MRPP de Garcia Pereira para o mesmo fim. O senhor magistrado deliberou a realização de 16 debates envolvendo o MRPP e todas as forças partidárias, duelos repartidos pelas três estações televisivas na próxima semana. Não se sabe se haverá agenda e paciência para cumprir a deliberação judicial, sob pena de os faltosos, operadores televisivos principalmente, poderem pagar uma coima. Ver Garcia Pereira em 16 debates diferentes não é apetitoso, mas se fizer um alargado com José Manuel Coelho, vou parar tudo o que estou a fazer para ver quem ganha este combate de boxe, ao melhor estilo Tyson-Foreman. Montem o ringue.
O outro emissário do FMI
O antigo «portero» do Real Madrid vem amanhã actuar em Lisboa, não no relvado, mas no palco do Atlântico. Chama-se Júlio Iglésias e vive marcado pela macabra coincidência que sempre que tem um concerto marcado para Portugal, o FMI anda por cá. Aconteceu em 1983, quando estávamos falidos, tendo o governo proibido a realização do espectáculo para evitar a fuga de divisas para pagar o seu elevado «cachet». 28 anos volvidos estamos igualmente tesos. Apesar disso, não se suspeita que Teixeira dos Santos decrete a proibição do concerto, até porque a moeda única tem muitos defeitos, mas algumas virtudes. Para os mais supersticiosos, e sabendo que Iglésias tem a provecta idade de 67 anos, o mais natural é que não regresse ao nosso país. Se tal fosse sinónimo de FMI «out of here», talvez não fosse má ideia. Ou seria?
27 maio, 2011
A frase do dia
Sabe a diferença entre um Coentrão e um Figo?
Dizem as gazetas do dia, que o Sócrates pegou no telefone e «assediou» Fábio Coentrão, em duas ocasiões, para participar numa arruada desta campanha eleitoral na sua terra, Caxinas, localidade piscatória de Vila do Conde. À primeira, o ainda jogador do Benfica disse não, à segunda ficou de pensar e na volta do telefone, depois de aconselhado, rejeitou. Foi sensato. Afinal, nem todos são «peseteros» como Figo, que se «vende» até por um pequeno-almoço à beira Tejo.
26 maio, 2011
A frase do dia
Mamute arrasa loja Limoges e ressuscita cadáver
Quase a cumprir-se uma semana de campanha até nem se pode dizer que esteja a ser especialmente violenta e negra do ponto de vista do confronto pessoal. Temo que Fernando Nobre tenha desistido e que se esqueceu de redigir um comunicado à imprensa. Não há sinais, nem declarações do médico. Será que anda pelo Haiti? Ou será que foi dele a brilhante ideia de retomar o tema do aborto? Era Passos Coelho que falava dos esqueletos dentro do armário e, ao melhor estilo de elefante numa loja de Limoges - revelando-se o mestre de escaqueirar tudo o que ele ou alguém do seu partido soube construir -, acaba de tirar um cadáver que não entrou em decomposição. Veremos se na noite de 5 de Junho o PSD não sofre um aborto espontâneo. Seria traumático.
Albergue sérvio
Os queridos sérvios decidiram hoje prender e entregar à justiça internacional Ratko Mladic, o general por muitos considerado o cérebro da matança de Srebrenica, em 1995. Tal como os americanos em relação a Bin Laden, os sérvios deviam estar carecas (sem ofensa para os calvos) de saber onde estava Mladic. Parece que o ambicionado «prémio» pelo servicinho é a adesão à União Europeia, no pacote balcânico da Croácia, Eslovénia e outros que tais. O albergue espanhol em que se transformou este projecto está a perder todo o cimento, político, económico e até o da solidariedade. Se em povos com alguma identidade já é cada um por si, o que dizer se ainda quisermos encafuar nas águas furtadas do edifício mais uns quantos que não são nada bons de assoar? E vão pensando na Turquia, que um dia destes vai miar.
25 maio, 2011
Carros anti-socráticos
Grande momento televisivo proporcionado pelo «Telejornal» da RTP. Para inglês ver, a tola da Fatinha Campos Ferreira sentou-se no lugar do pendura, guiada por...José Sócrates, que não deve saber o que é um automóvel há uns 6 anitos, altura em que chegou ao poder. O mais hilariante é que a acção passa-se em Vilar de Maçada, uma aldeia perdida em Trás-os-Montes, onde o secretário-geral socialista nasceu. Não se vê qualquer carro (cheira-me que cortaram o trânsito nas imediações, não fosse o Diabo tecê-las...) e o engenheiro cumprimenta com um forçado «bom dia» todos os campónios que estão nas bermas. Uma verdadeira palermice. Mas o zénite acontece quando ao iniciar a marcha, do carro guiado por Sócrates começa a soar um insistente alarme, com uma duração eterna de uns 30 segundos, perante a impaciência do primeiro-ministro. A tolinha acaba por salvar a situação e prosseguem a marcha. «Tenho saudades de conduzir», diz ele com o seu ar melancólico. É este mesmo tipo que disse há um par de anos que gosta das manhãs cinzentas e nubladas. É este tipo que nos governa há 6 anos. Parece-me que é preciso mudar de motorista, mas da carroça, porque como país há muito que fomos despromovidos da categoria das quatro rodas.
VIDEO: http://www0.rtp.pt/noticias/?t=Jose-Socrates--conversa-ao-volante-com-Fatima-Campos-Ferreira.rtp&headline=20&visual=9&article=445448&tm=87
VIDEO: http://www0.rtp.pt/noticias/?t=Jose-Socrates--conversa-ao-volante-com-Fatima-Campos-Ferreira.rtp&headline=20&visual=9&article=445448&tm=87
Adivinhe quem não veio para almoçar?
A minha solidariedade para o António Colaço, um grande amigo dos jornalistas de política e não só, que ficou hoje literalmente com a criança nos braços ao ver que o convidado que anunciara com pompa e circunstância para os seus almoços das quartas-feiras no «Res Publica», ao Chiado, baldou-se, sem dizer água vai. O ex-Presidente Sampaio tinha dito o «sim» para «tertuliar» com o Colaço, mas sem qualquer explicação por parte do próprio ou da sua assessoria, não compareceu. Não sei o que terá acontecido, mas um telefonema ou uma SMS por parte do Alto Comissário da ONU ou de um seu ajudante/«escravo», por mais curto que fossem, teria poupado o embaraço ao organizador. Há mais vida para além da política, Sampas!
PS: Manda informar o Colaço que o bom do Sampaio lá acabou por ligar à noite, desfazendo-se em desculpas. Estava em Barcelona e equivocou-se com as datas. Como castigo, devia ser ele a pagar o almoço da próxima vez.
PS: Manda informar o Colaço que o bom do Sampaio lá acabou por ligar à noite, desfazendo-se em desculpas. Estava em Barcelona e equivocou-se com as datas. Como castigo, devia ser ele a pagar o almoço da próxima vez.
Geração à bulha
Mais um vídeo que atesta bem o nível a que chegaram estes pobres adolescentes que andam de costa folgada devido às faltas que dão na escola. Os que lá andam. Mas se não andam, o que fazem? Passeiam pelos centros comerciais, furtam telemóveis e andam à bulha? É muito pouco para uma sociedade que tem a troika à perna e precisa de mais produtividade. Diminua-se a idade penal para os 14 anos para deixar de mandar estes inimputáveis para casa como se nada fosse.
Eu tenho alguma coisa a ver com isto?
Mão amiga, uma anti-socrática de carteirinha, fez-nos chegar o trecho do professor Álvaro Santos Pereira, autor de um calhamaço que anda nas principais livrarias sobre o que andámos a fazer nestes últimos anos para aqui termos chegado. É uma espécie de «expliquem-me como estamos no fundo do poço, como se eu fosse muito burro»!
O professor Álvaro Santos Pereira (Universidade de Vancouver, Canadá) colocou ontem no seu blogue "Desmitos" um post que é obrigatório ler para perceber o que devíamos estar a discutir na campanha eleitoral. Aqui fica a reprodução:
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituída por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos;
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB;
3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional);
4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito;
5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar;
6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses;
7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos;
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações;
9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis;
10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB;
11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB;
12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível;
13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB;
14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado;
15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos;
16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE;
17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos;
18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB;
19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa;
20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia);
21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB;
22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais;
23) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade;
Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Álvaro Santos Pereira (http://desmitos.blogspot.com/)
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituída por um rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as) daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos. E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos arrasadores factos que este governos nos lega. E para quem não sabe, e como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam são os seguintes:
1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos;
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB;
3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional);
4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito;
5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar;
6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses;
7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos;
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações;
9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis;
10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB;
11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB;
12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível;
13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB;
14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado;
15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos;
16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE;
17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos;
18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB;
19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa;
20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia);
21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB;
22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais;
23) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade;
Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e 2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com manipulações de factos? As respostas a questas questões são fáceis de dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.
A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos da gravidade da situação actual. Estes é que deviam ser os verdadeiros factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.
Álvaro Santos Pereira (http://desmitos.blogspot.com/)
Portas por esse Rio acima
Sou dos que acha que com Rui Rio na liderança o PSD ganhava com uma perna às costas ao PS e extinguia a raça socrática quiçá para sempre. Os timings políticos, as pressões externas e outras maquinações ditaram que fosse Passos Coelho a avançar. Se calhar, muitos dos criadores do gestor, o tal que garante nunca ter deixado nenhuma empresa falir, já se arrependeram. Ou talvez não. Dia 5 de Junho tira-se a prova dos nove. Portas é que continua com pose de único membro com lugar garantido no próximo governo, quase de certeza a vice-primeiro-ministro. Sabendo disso, tem recordado (com profunda justiça) o trabalho desenvolvido pelos deputados do seu partido no Parlamento nesta legislatura e tem entabulado contactos políticos ao mais alto nível. Pedir para ser recebido por Rui Rio é, convenhamos, uma jogada de mestre. Portas quis mostrar que em plena campanha eleitoral há um presidente de câmara, que nem é do seu partido, que o recebe na sua casa. Passos Coelho desculpou-se, quase a gaguejar, afirmando que não tinha pedido audiência a nenhuma autarca, mas também não precisa, visto que os querem andar atrás de si, neste caso os do PSD, lambem-lhe as botas diariamente em todos os distritos por onde passa. Pelo menos enquanto cheirar a poder.
24 maio, 2011
Sorte, esperança e alguma Paciência
Há uns dois meses que Domingos já era «leão», mas só esta noite, como se ninguém estivesse à espera, foi feita a apresentação oficial. Domingos foi um bom jogador e está a fazer uma carreira ascendente como treinador. Na lógica ascendente que vem seguindo ingressa agora no Sporting, depois dos sucessos em Braga. Depois do desastre desta temporada, será extremamente difícil transformar tantos equívocos em súbitos êxitos. A menos que Godinho Lopes e os seus acólitos sejam uns líricos, o acesso directo à Champions League já seria um feito.
Sócrates sem pó
Quem já esteve ao pé do Primeiro-Ministro constatou que o homem usa e abusa do pó para disfaçar as rugas que lhe minam o rosto. Perante isto, admito que esta foto da agência Lusa não devia ter ido para a «linha». Na demonstração de afecto a uma criancinha, são visíveis no engenheiro os traços de envelhecimento, no cabelo, na pele e nas mãos. O poder, de facto, tira anos de vida.
Sai uma sondagem fresquinha!
Nas sondagens da RTP e SIC, Passos e Sócrates estão outra vez empatados. Logo surgiu o entendido nesta matéria, Paulo Portas, recorde-se, antigo director do Centro de Sondagens da prestigiada e distinta Universidade Modernaça, a avisar os incautos eleitores que é preciso cautela com a «bebedeira de sondagens» até 5 de Junho. Diz o especialista Portas que garantidamente que os socialistas estão 5 pontos abaixo dos sociais-democratas. O presidente do CDS até pode ter alguma razão de queixa dos inquéritos de opinião no passado relativamente ao seu partido, mas é um verdadeiro mestre na arte de monopolizar.
Sócrates rima com caminho e sucata do Godinho
Delinquência monumental
Esperava isto de muitos vândalos, menos os da Juventude Comunista. Os delinquentes acharam piada pintar de alto a baixo a escadaria monumental da universidade de coimbra, com 800 anos de história, como forma de antecipar o comício desta noite do camarada Jerónimo. A geração rasca existe e está aqui em todo o seu esplendor. Soltem os cães e a polícia de choque com os bastões!
Quem roubou o meu teco?
Ao início pensei que fossei implicação sem explicação. Mas com o passar do tempo comecei a constatar, felizmente tive pessoas a pensar o mesmo, que o tico e o teco da Dona Fátima andam algo descoordenados. Aquela de ontem de não saber que o alegado jantar de Pinto da Costa com um árbitro holandês se tinha realizado no Porto, é absolutamente de palmatória. Sinceramente acho que a culpa não é dela, mas sim de quem a mete a fazer isso. Mas se por acaso a Dona Fátima ler este post, cara senhora, se não sabe, dê lugar a outra ou a outro. Pinto da Costa agradeceu. A entrevista foi bem mansa, bem apropriado ao clima de comemoração.
23 maio, 2011
Uma vida «Desfolhada»
A «senhora dona» Simone de Oliveira abriu-me a porta da sua casa catita, numas águas furtadas em pleno Bairro Alto, para uma entrevista que acabou por ser uma conversa transformada em entrevista, onde se falou dos 53 anos de carreira, do país, dos festivais que a desgostam e das tragédias e dos dramas que a têm massacrado ao longo da vida. A alegria de viver e a força que a anima para superar as adversidades são a receita para neutralizar tudo de mau que a vida lhe reservou. Uma entrevista à moda de Simone, sem papas na língua e para ler de um folego, no Ensino Magazine de Maio, para ler aqui: http://www.ensino.eu/ensino-magazine/maio-2011/entrevista/a-crise-só-agora-vai-começar.aspx
O original e a cópia
Pela manhã, em Elvas, Jerónimo saltou uns pilaretes da maneira ágil que a foto documenta e que a Lusa imortalizou. Quase que aposto que foi espontâneo. À tarde, Passos Coelho, em Santarém, saltou de uma espécie de tractor para mostrar toda a sua agilidade. Confesso que cheirou a uma boa ideia, que fica sempre bem em qualquer página de jornal do dia seguinte, mas que quando copiada perde o impacto. Confesso que não gosto de «políticos de aviário» que engolem de forma acrítica tudo o que os seus assessores de imprensa lhes dizem. Apenas porque sim.
Para ler e reflectir
«Vejo esta crise com muita apreensão, com muito desgosto, com alguma vergonha. Estou convicto que esta crise era evitável se à frente do país estivessem pessoas competentes, isentas, pessoas que não se considerassem responsáveis por clubes, mas que se considerassem responsáveis por todo um povo, cuja sorte depende muito deles. E fico muito irritado quando, por parte desses senhores, que nós escolhemos e a quem pagamos generosamente, vejo justificar que esta crise impensável por que estamos a passar, é resultante de uma crise mundial. Há pontas de verdade nesta justificação. Esta crise, embora agravada por situações internacionais, é uma crise que já podia ter sido debelado por nós há muito tempo, se nós não andássemos a estragar o dinheiro que precisávamos para o pão de cada dia.(...) Estas situações, da maneira como estão a ser agravadas e, sobretudo, da maneira como estão a ser mal resolvidas, podem ser focos muito perigosos de um incêndio que em qualquer momento pode surgir e conduzir a uma confrontação e a uma desobediência civil generalizadas (...). Mete-me uma raiva especial quando vejo o governo a justificar as suas políticas e as suas preocupações de manter e conservar e valorizar o estado social do país. Pois se há alguém que esteja a destruir o estado social do país, é o governo, com o que se passa a nível da saúde, a nível da educação, a nível da vida das famílias, dos impostos, dos remédios, mas que tem só atingido as pessoas menos capazes, enfim as pessoas que andam no chão, as pessoas que estão cada vez com mais dificuldades em viverem o dia-a-dia, precisamente por causa destas medidas do governo.»
D. Manuel Martins, Bispo emérito de Setúbal, em entrevista à Antena 1 - Retirado do blog «Portugal dos Pequeninos»
D. Manuel Martins, Bispo emérito de Setúbal, em entrevista à Antena 1 - Retirado do blog «Portugal dos Pequeninos»
Ele voltou, ele voltou!
Catroga voltou e já defendeu que «quem levou Portugal à falência seja expulso do poder». Descansado e com baterias carregadas, após umas vacances brasileiras, o ex-ministro de Cavaco deverá ser seguido minuto a minuto pelos assessores sociais-democratas não vá ele deitar tudo pela borda fora com os seus habituais dislates
22 maio, 2011
Cinzas em tribunal
Os chatos dos islandeses agora deram em chatear quem quer viajar, com os seus vulcões subitamente despertos. Um ano depois, eis que outro, com um nome algo mais pronunciável, entra em erupção, deixando cinzas na atmosfera a caminho da Escócia, Reino Unido e provavelmente norte de Espanha lá para o fim da semana. Juro que se me lixarem as férias por volta do 10 de Junho vou com estes gajos para tribunal. Haja o que houver.
O cérebro de DSK
Portugal é Europa? Não, eu quero ir para a Europa mesmo
Com a habitual ânsia de dizer tudo de um fôlego (proeza que só é completada de forma brilhante por Sandra Felgueiras, a jornalista-matraca mais competente com um microfone na mão), um dos repórteres da RTP destacados para a final do Jamor, disse qualquer coisa como isto: «Hulk tem o sonho de jogar na Europa». Bem sei que isto se parece mais com um enclave que acabou de pedir ajuda humanitária, mas também não havia necessidade de desmoralizar ainda mais as tropas.
«Special One II»
A «máquina assassina» de Vilas-Boas ganhou o quarto troféu da temporada. O Guimarães foi cilindrado por 6-2 no Jamor, na final da Taça de Portugal. O treinador do FC Porto só fica para o ano se ele e Pinto da Costa quiserem. Abrahmovic já deve ter ouvido falar do «Special One II». As semelhanças com o original, afinal, já começam a notar-se. Pela sucessão de vitórias, pelo discurso programado e pelos gestos estudados. A bandeira de Portugal que o enrolou no final do jogo é disso prova.
21 maio, 2011
Sai um «Pichici» para Cristiano
Por falar em milionários da bola, Cristiano Ronaldo acabou a época em beleza. O madeirense fez dois golos na goleada de 8-1 do Madrid ao Almeria e atingiu recorde absoluto do melhor marcador da liga espanhola (o prémio «Pichichi»), com 40 golos. A equipa de Mourinho perdeu o campeonato, mas acabou somente a 4 pontos do campeão Barcelona, tendo sido a mais realizadora com 102 golos, em 38 jogos. Ronaldo marcou mais de um terço. É obra.
Vamos nessa, Vanessa!
Como não dá uns chutos na bola e não aufere milhões, até nos esquecemos dela. Mea culpa, por isso. Vanessa Fernandes interrompeu a sua carreira brilhante como triatleta e está internada a contas com uma depressão, associada a anorexia e bulimia. Num país que nunca apoiou outras modalidades que não fosse o futebol, e que exige medalhas como amedoins aos seus atletas sempre que há umas olímpiadas, Vanessa foi vítima da «prata» (meu Deus, que fracasso!) em Pequim e de ter dito umas verdades sobre o turismo olímpico de alguns dos seus colegas. Não aguentou a pressão - provavelmente não tinha uma estrutura à altura em seu redor - e caiu num buraco onde não se sabe se sairá. Por acaso até é atleta do Benfica, mas o que é prioritário é ganhar a a Champions, não é presidente?
Caril, catinga e sardinhas assadas
Com o Catroga em férias forçadas, eis que surge Fernando Nobre com a primeira pérola da pré-campanha: «Como todos os portugueses somos africanistas de Massamá. Eu sou o maior e talvez o mais africanista de todos os candidatos, por Lisboa e talvez não só». Agarrem-me senão ainda dou uns estalos neste homem! Está visto que com esta conversa, PS e PSD querem impor à força que os portugueses são multiculturais e adoram emigrantes a cheirar a caril e a catinga. Falso. Contratar paquistaneses de turbante que podiam perfeitamente ser operacionais da Al-Qaeda em Lisboa para agitar bandeiras do PS também é outro número digno do Cooperfield da Buraca. Não podemos pedir à troika que nos forme um governo com os homens deles, com o «blue eyes» a primeiro-ministro?
Humor negro
Recortes de imprensa, tricas e trinques
O país pasmou. Afinal o rookie Passos Coelho até percebe alguma coisa de debates. Naquele exercício de pugilismo a que no fim ninguém resiste a deliberar o veredicto «1x2», nada mais se passou do que uma sucessão de recortes de imprensa feita por «escravos» dos respectivos gabinetes ao longo de meses e o desfiar até ao limite do «eu disse», «tu disseste». Demasiadas tricas, algumas visando a omnipresente troika, num debate, qual cereja no bolo, até teve um moderador manso. Educação e Justiça, nem vê-las. Deve estar tudo nos trinques. Pelo menos aquela hora de televisão deu-me uma certeza: no próximo dia 5 de junho, nenhum daqueles dois leva a minha cruz. Instabilidade política? Cavaco que se amanhe.
A frase do dia
20 maio, 2011
O duelo antecipado
José Sócrates - O candidato Passos Coelho é inexperiente, impreparado e uma voz de barítono de trazer por casa. Acha que os portugueses acreditam em si?
Pedro Passos Coelho - O engenheiro José Sócrates está com a sua credibilidade abaixo de zero. Além disso, eu sou o «Obama de Massamá» e serei o primeiro-ministro português com uma costela africana, mesmo tendo nascido em Vila Real. Os habitantes da Cova da Moura conhecem-me bem...
19 maio, 2011
Palhaço ou político?
Vejam aqui um momento televisivo de ontem à noite, sublime do ponto de vista humorístico e completamente medieval em termos políticos. José Manuel Coelho que pense bem quais das carreiras quer seguir.
18 maio, 2011
A praça da revolta
Inebriados pelo soporífero da troika e anestesiados pela entediante pré-campanha, os «tugas» teimam em não mobilizar-se. Uma mobilização convocada pelas redes sociais contra o estado de coisas juntou no fim de semana, 20 ou 30 amigos na baixa de Lisboa e do Porto. Not bad. A 600 quilómetros de distância, em Madrid, o que começou como uma manifestação iniciada também pelas redes sociais, está a ser comparada em muitos meios de comunicação social internacionais aos protestos na Praça Tahir contra o regime de Mubarak. O palco dos protestos contra a situação económica e política do país vizinho é a simbólica Puertas del Sol, da capital espanhola, onde neste momento estão reunidas milhares de pessoas. Por cá as mobilizações fazem-se dentro de pavilhões. A maltinha prefere cultivar-se musicalmente. 15 mil alminhas estão neste momento no Pavilhão Atlântico a ouvirem Ivete Sangalo. Ela bem que diz para a galera «tirar o pé do chão», mas em termos práticos é só retórica...
Ganhar é uma cultura
Para este clube ganhar tornou-se um hábito, um modo de vida, uma cultura. Pinto da Costa confiou os destinos da equipa a um novato que muitos julgavam uma má imitação de Mourinho e venceu. Supertaça. Liga Portuguesa sem derrotas, Liga Europa e provavelmente a Taça de Portugal no domingo, são os troféus conquistados esta temporada. Como o presidente do FC Porto diz, os «dragões» são mesmo um dos grandes da Europa. De 2003 a 2011, o clube venceu uma Liga dos Campeões e duas Ligas Europa.
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