26 abril, 2011
As famílias não vão a votos
Para não dizerem que estamos sempre a bater no ceguinho, ou seja, no «Socas», como diz o povo na sua imensa ingenuidade, setinha para cima para a resposta do Primeiro-Ministro demissionário quando Judite de Sousa lhe perguntou se pretendia «usar» a família na campanha eleitoral, depois de Passos Coelho ter aparecido repetidamente com a mulher. «Não é o meu género», começou por dizer Sócrates, respondendo com pormenor:«Procurei preservar a minha família, por amor aos meus filhos. Quem vai a eleições não são as famílias, mas as pessoas, as suas qualidades e as suas ideias». A menos que eu esteja com falhas de memória, no domínio pessoal Sócrates sempre foi mais vítima do que oportunista. Haja um ponto em que o homem é inatacável.
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