29 abril, 2010

O maquiavélico «Mou»


Ao mesmo tempo que o país se afunda na confiança das agências de rating, José Mourinho está a caminho de tornar-se uma das marcas portuguesas mais confiáveis e admiradas no Mundo. Este predestinado treinador ganha na táctica, na psicologia e na arrogância. Reagiu de forma pouco comum, sprintando para uma das bancadas do Camp Nou, com gestos e gritos desafiantes de comememoração/provocação, como aconteceu hoje no final do jogo com o Barcelona, em que o Inter perdeu por 1-0, mas garantiu o passaporte para a final da Champions de Madrid, em Maio. O Inter conquista o lugar numa final da máxima competição de clubes 38 anos depois. Um feito. Mourinho regressou ao clube onde começou como tradutor de Bobby Robson. Hoje, muitos anos depois, está à beira de mais uma época gloriosa, tornando-se num dos raros treinadores com duas ligas dos campeões conquistadas. Dizer em conferência de imprensa que esta foi «a melhor derrota de toda a carreira», só pode ter sido uma frase estudada, com a marca de «Mou», como o tratam carinhosamente em Itália.

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