08 julho, 2009

Os insondáveis desígnios das incompatibilidades II

....A 24 de Julho de 2008, Jorge Neto, do PSD, pediu à Comissão de Ética «que se pronunciasse sobre a necessidade, ou não, de autorização da Assembleia da República ao abrigo do artº 21, nº2, do Estatuto dos Deputados, tendo em conta que foi “...demandado para exercer as funções de árbitro numa Comissão Arbitral em que são partes de um lado, o Clube de Futebol «Os Belenenses» e Pedro Cary e do outro a Federação Portuguesa de Futebol”.» A comissão foi de parecer “Que o Senhor Deputado Jorge Neto não carece de autorização da Assembleia da República para ser árbitro numa Comissão Arbitral”. Ao abrigo da lei, a comissão não encontrou problemas na ligação ao futebol, nem ao facto de exercer advocacia ou de ser professor na então ainda aberta Universidade Independente. Também não suscitou reparos o facto de ser presidente da mesa das assembleias gerais de nove empresas entre as quais a Estoril Sol e a Varzim Sol, e outras ligadas à industria farmacêutica, cablagens eléctricas, serviços financeiros e metalomecânica. Em 2004, Jorge Neto era ainda director administrador de três empresas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Detinha também, entre outras, 23 907 acções do BPP, 195 800 da Companhia Nacional de Borrachas e 131579 da Sociedade Polisite - Promoção Imobiliária S.A.

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