Há não muito tempo, a Islândia e os seus habitantes eram considerados o país mais feliz do mundo. Acontece que a crise impactou em cheio no sistema bancário e financeiro do país do norte da Europa e não restou alternativa: pedir a adesão à sempre piedosa União Europeia, uma autêntica «Santa Casa da Misericórdia», onde cabe sempre mais um. Acontece que a Islândia é um país rico e fiável. A presidência sueca quer mesmo uma espécie de adesão automática dos seus vizinhos nórdicos. Os países dos Balcãs que querem entrar no «el dorado» do «velho continente» têm a vida mais dificultada, como é o caso da Croácia. Adiamentos e adiamentos, demonstram que existe o temor que os fantasmas da guerra que dilacerou aquela região europeia regressem. Contudo, os líderes europeus esquecem que o verdadeiro «cavalo de tróia» no seio da penosa construção europeia pode estar na Islândia e não nos Balcãs. A Islânda é potencialmente um país eurocéptico. A maioria parlamentar favorável à integração é muito escassa. Na ânsia de integrar mais um membro, com inegáveis credenciais, não seria de admirar que a Islândia fosse uma nova Irlanda, com constantes rejeições de tratados vitais para o processo. Barroso vai ficar para a história enquanto presidente da Comissão Europeia, mas não será, certamente, pelos melhores motivos.
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