Por momentos pensei que o programa em que o Pedro Mourinho apresenta as primeiras páginas dos jornais do dia seguinte, ao bater da 1 da manhã, havia sido antecipado para o serão. Num estúdio em tudo semelhante, aparece o bolachudo Pacheco Pereira, a apresentar o seu «Ponto Contra Ponto», onde faz uma análise de conteúdo da imprensa da semana que passou. Hilariante a análise que o historiador faz de uma edição do «Correio da Manhã», tendo destacado os respectivos suplementos que acompanhavam a edição daquele dia: um de emprego, o outro de execuções fiscais e um sobre anúncios de relax, acompanhado com «fotos sugestivas», segundo o próprio. «Isto é o país», disse. É, de facto. O «CM» agradece. O caso merecia um tratado de história a publicar no «Abrupto».
29 junho, 2009
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3 comentários:
Como é que na comunicação social se dá visibilidade a um chico esperto que tem da liberdade de imprensa um conceito castrador, que aliás demonstrou bastas vezes?
Que sítio é este que continuam a dar-lhe guarida?
rua com o vilão. calem o pacheco.
diz ferreira fernandes, no dn, que :«Pacheco Pereira tem um novo programa, sobre opinião - Ponto Contra Ponto, na SIC Notícias. Um programa de "opinião, opinião, opinião." A minha opinião: nenhuma opinião vale mais, em Portugal, que a de PP. Alguém que lembra a importância da hesitação no discurso televisivo de Vitorino Nemésio (a quem PP dedicou o seu programa) deve ser escutado. É uma luta necessária, a de PP, contra o "demasiado espectáculo e a pouca razão" na Comunicação Social portuguesa. Mais uma razão para o criticar. No primeiro Ponto Contra Ponto, PP abriu as páginas de procura de emprego do Correio da Manhã, de 26/06/2009, para concluir sobre os maus tempos em que vivemos. Fui ver esse CM: havia 52 anúncios de procura de emprego. Há 15 anos, o CM de 27/06/94 (não escolhi o de 26 porque foi domingo) tinha 104 procuras de emprego. Julgo que seria pouco razoável - PP até diria mais: situacionista! - alguém dizer, à luz dos anúncios do CM, que ao fim de nove anos de Governos de Cavaco (1985-1994) havia o dobro de desemprego que temos hoje... Conclusão: em televisão, abanar as páginas de anúncios de um jornal é demasiado espectáculo. Nemésio hesitaria, pensava e não o faria.»nm
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