Não há dúvida que os portugueses são verdadeiros experts em línguas. O que já irrita é o servilismo que demonstramos, para que o mundo saiba que damos uns toques, para agradar à «estranja». No final do jogo de má memória para a nação benfiquista diante do Vitória de Setúbal, o repórter da RTP deu por garantido que para entrevistar o grego Katsouranis no «flash interview» tinha de o fazer em inglês. Num inglês macarrónico o homem lá disse umas banalidades, com tradução posterior do repórter.
Ponto 1: Katsouranis está em Portugal há três ano e, pelos vistos, fala pouco ou nada fala de português. Culpa dele e do Benfica.
Ponto 2: se o grego não está para se sujeitar à lingua do país que o acolheu, então os jornalistas devem, pura e simplesmente, ignorá-lo. Em Espanha, em Itália e em Inglaterra, todos os imigrantes que por lá aterram, têm de se adaptar ao país, a começar pelo modo de comunicação e de expressão. Vide o exemplo de José Mourinho. Pode parecer, numa primeira análise, cosmopolita falar línguas, mas é, precisamente, insistindo neste ponto, que cultivamos, até um nível insustentável, a nossa peculiar forma de provincianismo.
1 comentário:
bravo.
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