31 maio, 2008
Fraude artística
Custa a engolir a hipocrisia de alguns «pseudo» VIP's que ontem estiveram presentes na estreia do Rock in Rio a convite da organização quando instados a comentar a performance (?) de miss Amy Winehouse (em tradução literal, a Casa do Vinho). «Interessante», «um estilo», «podia ser melhor» e bla bla bla bla, foram os eufemismos para caracterizar a fraude artística que aconteceu no Parque da Bela Vista. Custa assim tanto reconhecer o óbvio?
30 maio, 2008
Fiasco para começar
Ela sempre apareceu no Rock in Rio, mas mais valia ter ficado em casa, aliás como humildemente reconheceu ao público: «Eu devia ter cancelado o concerto». Amy Winehouse esteve imprópria para consumo. Entrou em palco visivelmente alcoolizada (chegou inclusive a repetir por duas ou três vezes, «i’ve been drinking», em jeito de auto-comiseração) cambaleou, arrastou a voz, soluçou, verteu lágrimas, comeu, bebeu um líquido amarelado desconhecido e deixou cair o microfone. Mão esquerda ligada e com marcas de feridas no braço e no pescoço. Um verdadeiro cadáver ambulante em palco. Lamentável. Se eu tivesse ido ver o espectáculo dizia aos organizadores: «Give my money back», o palhaço estava a tresandar a álcool. O resto da banda salvou a honra de um desacreditado convento. Aguardam-se melhores dias para a senhora. Depois de regressar da Rehab. Entretanto, não deitem os discos fora. O produto de estúdio da cantora é sempre de óptima qualidade.
Progressos presidenciais
O homem «que não se engava e que raramente tinha dúvidas», mudou. Está mais artificial é certo, mas mudou para melhor. Nunca mais comeu bolo rei em público, nunca mais o vimos crispado com a comunicação social e, hoje, reconheceu que tem seguido a campanha interna no PSD através dos jornais, que «lê por mais do que cinco minutos». Para quem demorava, no máximo, 5 minutos a ler as gazetas, durante a sua passagem por S. Bento, só se pode constatar que Belém é uma escola de virtudes, pelo menos públicas.
29 maio, 2008
Pinóquio(s) da Democracia
José Sócrates - «A primeira regra da democracia é não mentir (..) Lança insinuações sobre pessoas do PS e depois faz-se de vítima. O senhor é que ataca pessoalmente dirigentes socialistas e com cobardia porque ele (João Proença) não está presente».
Francisco Louçã - “Chamar-me mentiroso? Atreva-se. Os portugueses olham para si e para mim e sabem quem está a mentir”.
Fonte: debate quinzenal hoje no Parlamento
Francisco Louçã - “Chamar-me mentiroso? Atreva-se. Os portugueses olham para si e para mim e sabem quem está a mentir”.
Fonte: debate quinzenal hoje no Parlamento
Prognósticos só no fim
A ano e meio de eleições, jornalistas, comentadores e alguns cidadãos democraticamente mais esclarecidos, dedicam-se a fazer apostas sobre o resultado das legislativas 2009. É verdade que a crise internacional baralhou as contas e a estratégia do governo socialista. É verdade que a imagem do governo, e ultimamente também a de Sócrates, tem vindo a sofrer alguma erosão. Mas também é verdade que não será fácil para a oposição, seja quem for o futuro líder do PSD, recuperar a desvantagem que neste momento existe para os socialistas, mesmo sabendo que um ano e meio em política é uma eternidade. Nós apostamos que Sócrates chega à praia na liderança, mesmo sem maioria. Já não juramos é que consiga governar sem a maioria dos deputados no Parlamento necessários para viabilizar a sua política.
Dois pesos e duas medidas
Coisas estranhas vão-se passando no estágio da selecção em Viseu. Os jogadores raramente sorriem ou acenam e nunca estão disponíveis para sessões de autógrafos. Por outro lado, Scolari proíbe liminarmente nas conferências de imprensa qualquer questão que não se relacione com a o Euro 2008, mas o empresário de boa parte dos jogadores das «quinas», Jorge Mendes, foi visto a almoçar no Hotel Montebelo, o local de estágio, com um dos seus «meninos», Ricardo Carvalho, provavelmente para tratar da «vidinha» de ambos. Privilégios para alguns ou dois pesos e duas medidas...
«Dama de ferro» com verniz estalado
Com o passar do tempo, Manuela Ferreira Leite está a dar razão aos que dizem que só credibilidade não chega. Derrotada em toda a linha nos debates televisivos, a «dama de ferro» dá hoje uma entrevista confrangedora à «Sábado», em que levantou a voz, suspirou e irritou-se com as competentes perguntas dos entrevistadores, tendo admitido o inacreditável sobre as eleições legislativas de 2005: «Quando fui votar no boletim de voto não estava lá o nome do Pedro Santana Lopes (...) Se lá estivesse o nome de Santana Lopes não votava. Só que no boletim estava PSD. E eu sempre votei PSD». Mais valia estar calada ou dar uma peta. Mas o pior da conversa com a «Sábado» acontece quando lhe perguntaram sobre o facto de António Preto integrar a sua candidatura: «Já fui testemunha dele e essa acusação não tem ponta por onde se lhe pegue», reage a ex-ministra. O mesmo é reconhecer que está por dentro da investigação do Ministério Público que, seguindo a normalidade processual, devia estar ao abrigo do segredo de justiça. É assim que se perde a compostura e a credibilidade, doutora.
28 maio, 2008
A culpa é da especulação
Lê-se nos jornais que o volume de circulação em algumas artérias de Lisboa, como a Avenida da Índia e a Avenida da República, reduziu-se entre 5 a 7 por cento nos últimos 2 meses. O motivo é óbvio: a falta de pilim para encher o depósito. O «tuga» parece que, fruto das circunstâncias, está a regressar ao metro e ao autocarro. Até já se fala em retomar o debate sobre a eficácia do sistema de transportes públicos nas grandes cidades. Apostamos que quando a especulação petrolífera acalmar, a discussão cairá pela base. Naturalmente.
Palavras fatais
Não vai ser fácil para Sharon Stone entrar em território chinês nos próximos tempos. A actriz de «Instinto Fatal» insinuou que o terrível terramoto que fez quase 100 mil mortos na China foi consequência do karma chamado Tibete e das atrocidades que lá estão a ser cometidas. Castigo divino, quis ela dizer.Vejamos se o tiro não lhe sai pela culatra.
A frase do dia
«Tem algum jeito, numa altura em que se fala de crise mundial de fome, andarmos a deitar fora compotas que eram de instituições de caridade?», Fátima Araújo, directora regional do Norte da ASAE, criticando o facto deste organismo aplicar os regulamentos comunitários de higiene às instituições de solidariedade social, «Público», 28 Maio 2008
«Obamazinho» português
Passos Coelho bem que pode ser um futuro «plastic man» da política portuguesa. Se não for dentro de semanas, sê-lo-á dentro de alguns anos. Tem boa figura, é bem falante, uma colocação de voz invejável (ou como diz Marcelo o pior é que diz tudo no mesmo tom), só se lamenta a incongruência de posições, do dia para a noite. No primeiro debate estava do lado de Ferreira Leite, no segundo debate posicionou-se quase sempre do lado oposto. Quando o pretty boy, ou o «Obamazinho» português, estabilizar é capaz de dar um político com rasgo. Yes, he can?
PSL deu KO nos adversários
Digam o que disserem os críticos da situação, Santana Lopes ganhou o último debate com os candidatos à liderança do PSD. Bem preparado, sacou as cartas da manga na altura certa, encostando Ferreira Leite e Passos Coelho contra as cordas. Lembrar à ex-ministra a sua recusa de ser líder parlamentar rejeitando o convite de PSL, foi jogada de mestre de Santana, depois de Ferreira Leite ter criticado o PSD por nada haver dito sobre questões sociais no Parlamento.
O cavalo errado
As críticas desabridas do ainda secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, a Luis Filipe Menezes, podem considerar-se, por um lado, surpreendentes, mas para os mais avisados, elas são a peça que faltava do puzzle que explica a demissão do autarca de Gaia da liderança do partido, objectivo que tanto procurou. «Ele é que se afastou, nós não», foi mais ao menos o que disse Ribau, até há pouco inseparável do presidente gaiense. Ao que parece, Menezes não aguentou a pressão psicológica e não conseguiu controlar os transtornos que fazem com que se isole do mundo real. Vai daí, fuga para a frente, bateu com a porta e tirou o tapete e o «tacho» a muitas dezenas de fiéis que viam nesta a oportunidade da sua vida. É o que se chama apostar no cavalo errado.
27 maio, 2008
O empreiteiro que um dia foi político
Jorge Coelho assumiu ontem o primeiro dia do resto da sua vida, como presidente da comissão executiva da construtora Mota-Engil. «Os senhores agora têm que se habituar que eu já não tenho vida política», disse para a legião de jornalistas que o rodeavam. O pior é que ninguém acredita que o lado político de «Coelhone» tenha ficado dentro do baú. Aliás, nem ele.
A frase do dia
«Afinal, o socratismo é um subcavaquismo...», José Adelino Maltez, politólogo, «Diário de Notícias», 27 de Maio, 2008
Sarkozy e Bruni são do povo
O presidente francês e a primeira dama estão com o povo. Sarkozy e Bruni chegaram às 5 da manhã ao mercado de Rungis, nos arredores de Paris, para uma visita oficial, rodeados por fruta, verduras, flores e queijos. Mensagem política do dia: «os franceses levantam-se cedo para ir trabalhar.» Cá como lá, o que fazem os políticos para subir uns pontinhos as sondagens!
Há vida para além dos mitos...artificiais
José Mourinho e Cristiano Ronaldo são os dois maiores mitos nacionais dos tempos modernos, construídos, em primeira análise, pelo seu sucesso planetário, e depois pela comunicação social, portuguesa e internacional, sedenta de referências e «imagens de marca». Intramuros, num momento em que a crise atinge o âmago da alma lusa, infiltra-se, a todo o transe, doses industriais de imagens, dicas, boatos e paranóias sobre os dois heróis da História lusa moderna, unicamente para anestesiar o povo. A overdose pode matar. Há vida para além dos mitos...modernos e artificiais. Vamos a acordar enquanto é tempo.
Obsessão laranja
A mudança de imagem do «Telejornal» do canal 1 da RTP deixou em grande alvoroço a redacção da SIC. Segundo a estação de Carnaxide, o novo visual do genérico dos informativos do canal do Estado usam e abusam do laranja, curiosamente a tonalidade mais forte nos separadores do canal de Balsemão. Esta obsessão pelo laranja só pode ser premonição. Será que está em processo de formação a onda laranja que vai mudar o país?
Conselhos de um pai herói
O «pai da pátria» está preocupado e demonstrou-o hoje no grito de alerta que deixou nas páginas do «DN». «Em Portugal, permito-me sugerir ao PS - e aos seus responsáveis - que têm de fazer uma reflexão profunda sobre as questões que hoje nos afligem mais: a pobreza; as desigualdades sociais (..) Já uma vez, nestes últimos anos, escrevi e agora repito: "Quem vos avisa vosso amigo é." Há que avançar rapidamente - e com acerto - na resolução destas questões essenciais, que tanto afectam a maioria dos portugueses. Se o não fizerem, o PCP e o Bloco de Esquerda - e os seus lideres - continuarão a subir nas sondagens.», citámos, com a devida vénia, a passagem mais impactante do escrito do ex-Presidente. Um puxão de orelhas do «pai da pátria», versão soft, para o pai do governo, José Socrate, de seu nome. Mesmo com mais de 80 anos, Soares não prescinde da sua magistratura de influência.
26 maio, 2008
Bloqueados e amnésicos
A sociedade civil portuguesa está cada vez mais amorfa. Protesta em silêncio, destila ódio contra os políticos, mas na hora do voto, engole um sapo, e volta a legitimar politicamente «esses malandros». O caso do preço dos combustíveis é paradigmático. Diz-se «raios e coriscos» do país e dos políticos diante das câmaras de televisão mas, logo a seguir, toca de encher o depósito que a malta é masoquista.
Onde é que estão os portugueses que corajosamente bloquearam a ponte 25 de Abril, no célebre «buzinão», no início da década de 90? Morreram todos?
O povinho está esquecido que os políticos têm medo que se pelam quando a rua se revolta.
Intelectuais exilados e criminosos asilados
Eduardo Lourenço e António Damásio são dois exilados intelectuais que escolheram sair do seu país de nascimento para viver no estrangeiro e exponenciar a sua excepcionalidade. Por seu turno, Jean Pierre Bemba, o antigo vice-presidente do Congo, procurado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Pena Internacional, esteve asilado no nosso país, a viver numa modesta vivenda na Quinta do Lago e devidamente protegido pela PSP.
Portugal é mesmo um inferno para as mentes brilhantes e um paraíso para bandidos e malfeitores de alto coturno.
O maldito anticiclone
A verdade inconveniente que há para contar sobre o desastroso tempo de Maio é que o maldito anticlone dos Açores «estacionou» no sítio errado e teima e não arredar pé. Ao que parece, avizinham-se, pelo menos, mais 9 dias de calvário. Haja saúde. Melhores dias virão e o Verão chega daqui a menos de um mês.
Manuela e o «homem da mala»
Somos dos que subscreve que seriedade e a credibilidade são características que assentam como uma luva a Manuela Ferreira Leite, mas ver entrar António Preto na sede da candidata na Avenida Defensores de Chaves, ao Campo Pequeno, não deixa de causar alguma inquietação. Cheira a poder. O «homem da mala» está de volta. Medo. Muito medo!
Novos ricos e novos pobres
Num país em que os novos pobres se multiplicam diariamente como cogumelos, também há os novos ricos, muito ricos. José Mourinho vai receber na sua mais que provável aventura milanesa cerca de 27 milhões de euros por três temporadas, só considerando salários. Para o «tuga» pobre, muito pobre, isto já para não falar dos indigentes, que recebem uma média anual de 12 mil euros por ano, notícias deste tipo só dão vontade de fugir...
25 maio, 2008
«Não se esqueçam de mim»
À semelhança de Cristiano Ronaldo, José Mourinho também é um homem de sorte. Na quarta-feira passada esteve à beira de ser riscado da memória dos adeptos do Chelsea. O penalty falhado por Terry fez com que salvasse a pele. Em entrevista ao «The Observer», o «special one» diz que Avram Grant, o treinador israelita do ChelseaNã ontem despedido, tem uma «filosofia de perdedor». As finais perdidas na Carling Cup e na Champions, e o segundo lugar no campeonato são, para Mourinho, um fracasso competitivo: «quase é nada», sintetiza. Enquanto isso, Mourinho vai espreitando a sua hipótese. Para já, o Inter de Milão é o cenário mais provável. Até porque Mancini pode rumar a Stamford Bridge.
Bolsa de valores da gasolina
Como um blog também pode ser serviço público, deixamos o link para o site «Mais Gasolina», o primeiro sítio na net com preços de combustíveis actualizados: os postos mais caros e os mais baratos. Segundo vimos no «Telejornal», a ideia é da autoria de dois «tugas», quais mentes brilhantes. Ao que parece, o objectivo é tentar que dentro em breve a informação sobre o sobe e desce dos preços nas bombas mais próximas fique disponível a partir do telemóvel.
24 maio, 2008
Fado na salada russa
Na indigesta salada russa e balcânica em que se converteu o Festival Eurovisão da Canção, a nossa representante lá fez um pequeno brilharete. A madeirense Vânia Fernandes, interpretando «Senhora do mar», obteve um meritório 13.º posto, com 69 pontos (curioso número), ainda para mais quando era sabido que desde 2003 que Portugal não chegava à final do certame. Está visto que só os madeirenses, neste caso, a Vânia e o Cristiano, é que nos fazem levantar o ego.
PS: A Vânia conseguiu, inclusive, suplantar o representante espanhol, Rodolfo Chikilicuatre. Já ganhámos o fim de semana. Olé!
PS: A Vânia conseguiu, inclusive, suplantar o representante espanhol, Rodolfo Chikilicuatre. Já ganhámos o fim de semana. Olé!
Pobre Justiça
A frequência dos casos começa a cansar, mas ilustra bem o estado da Justiça indígena. O jovem de 19 anos que se despistou e atropelou mortalmente um cantoneiro da Câmara de Matosinhos, ferindo outros dois, não tinha carta de condução, a viatura era emprestada, não tinha seguro e, mais grave, fugiu sem prestar auxílio aos sinistrados. Fica a aguardar o desenrolar do caso com Termo de Identidade e Residência. Pobre justiça. Não há cadeias suficientes para mandar mais um lá para dentro?
A provocadora
O primeiro debate com os candidatos à liderança do PSD foi animado, mas um tremendo arraial, muita por culpa da pivot, Manuela Moura Guedes, que tudo fez para semear a confusão no galinheiro laranja - as audiências devem ter sido boas. Impreparada, a «Manela» pegou em «clichés» e limitou-se a provocar os participantes. O pobre do Patinha Antão, desesperado com a coisa, até lhe chamou «cara amiga». É por estas e por outras que a malta do PS, especialmente Sócrates e Teixeira dos Santos, não arriscam nem a pontinha de um cabelo para estar presentes no Jornal Nacional das sextas-feiras. Saltava-lhes a tampa e o verniz.
Euro fartote
A 2 semanas do início do Euro 2008, a overdose televisiva sobre a selecção de futebol começa a raiar o patológico. Enquanto a TVI fazia eco, de forma exaustiva, sobre o relatório da União Europeia que aponta Portugal como o campeão das desigualdades, o canal público de televisão, que até nem tem os direitos de transmissão dos jogos da prova, dedicou 15 minutos na abertura do «Telejornal» à chegada de Cristiano Ronaldo ao local de estágio. Degradante. Qual será o limite da demência? Será que o Provedor do Telespectador se vai pronunciar?
A frase do dia
«As redes de pedofilia (da Casa Pia) continuam activas», Catalina Pestana, ex-provedora da Casa Pia, in Correio da Manhã, 24 de Maio 2008
Chegou o «Quiqui»
É do sucesso ou do fracasso deste homem que depende a sobrevivência desportiva de Luis Filipe Vieira e Rui Costa. O emblema da Luz está transformado num clube de homens providenciais. Quique (ou «Quiqui», nas palavras do bronco Vieira) Flores, hoje apresentado como o novo treinador do SLB, foi um jogador de sucesso e um treinador ainda de curriculum curto, mas promissor. Hay que salir a ganar, e mesmo para os religiosamente mais cépticos, manter a fé em Deus.
22 maio, 2008
Motivação Scolari
Roberto Leal e o filho, homenagearam em Viseu o seleccionador nacional Luis Filipe Scolari. Talvez não saibam, mas o «Filipão», um verdadeiro especialista no funcionamento da mente humana, costuma usar as músicas do cantor português que esteve décadas emigrado no Brasil para motivar os jogadores da selecção das «quinas». Se disso depender uma boa performance no campeonato da Europa que se inicia dia 7 de Junho, o Roberto Leal pode bem vir a ser a Nelly Furtado do Euro 2008. É como uma força que ninguém pode parar...
A frase do dia
«Nós já temos "carjacking" [roubo violento de automóveis], não precisamos de ´"fiscojacking`", que é aquilo que está a acontecer todos os dias», Paulo Portas, presidente do CDS-PP, sobre a «inércia» do Governo relativamente ao aumento dos combustíveis, Agência Lusa, 22 Maio 2008
Praça dos feirantes
A Praça de Espanha é provavelmente o local mais central de Lisboa, por onde passam milhares de carros para entrar ou sair da cidade, e um cartão de visita para os turistas que demandam a capital. Acontece que este local nobre da cidade está ocupado, se calhar há uns 20 anos, por feirantes que vendem artigos de duvidoso gosto e proveniência. Só agora se soube que o Museu do Oriente, inaugurado há dias em Alcântara, pretendia ocupar aquele espaço, tendo o seu responsável, o empresário Carlos Monjardino, chegado a adquirir os terrenos na Praça de Espanha com a promesssa de que em seis meses estariam desocupados. Pelos vistos nada foi feito.
Xenofobias à parte, adoptem a proposta da «Zézinha» Nogueira Pinto e alberguem estes camaradas numa gigantesca «China and Indy Town», num qualquer local da cidade. Espaço para montar barracas é o que mais há. Lisboa agradecia.
Pequena nau, grande tormenta
Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos. "Apenas Portugal apresenta um coeficiente superior ao dos Estados Unidos", sublinha ainda o documento, citado pela Agência Lusa, 22 Maio 2008
«Incompetente e leviano»
O nosso Primeiro-Ministro andou nas bocas do mundo nas últimas semanas por pisar e até ultrapassar os limites da legalidade. Depois da novela do fumo a bordo do avião, Sócrates foi condenado a pagar 10 mil euros a um jornalista por «Público» por, segundo o Tribunal da Relação de Lisboa, ter causado danos não patrimoniais a José António Cerejo. O jornalista e o político alimentam um ódio de estimação mútuo há uns anos e neste round Cerejo levou a melhor. O motivo da queixa prendeu-se com os termos usados por Socrates para qualificar Cerejo numa carta enviada ao «Publico» na sequência de um artigo publicado pelo redactor nesse mesmo jornal: «leviano, incompetente e (padecer) delírio», foram os adjectivos empregues. Fortalecido pela decisão do tribunal, inédita segundo especialistas em Direito, Cerejo já prepara mais uma «cacha» visando o líder do Governo. Ao que se sabe, o material para investigação é abundante.
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