21 agosto, 2007

Ó Abreu, dá cá o meu!

Na luta desesperada para alimentar as máquinas partidárias e capturar o maior número de votos para atingir o poder, as forças políticas continuam sem olhar a meios para atingir os seus ambiciosos fins. Desta feita, o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) revela que a empresa de construção civil Somague financiou o PSD, de forma ilegal, em mais de 230 mil euros, durante o período em que Durão Barroso foi primeiro-ministro, corria o ano de 2002. De uma vez por todas, é preciso que os partidos publiquem, para que todos saibam, quem são os seus reais financiadores. As relações pouco claras que os partidos que sobem ao poder passam a ter com o sector da construção civil podiam ser compreendidas por todos com maior transparência. E a obsessão da Ota que este Governo diz ter abandonado, mas ninguém acredita, podia igualmente ser melhor entendida.
O TC continua, com Guilherme d'Oliveira Martins, a desempenhar como deve ser o seu papel fiscalizador. Agora é preciso que o Ministério Público investigue e leve os responsáveis à barra dos tribunais. É tempo de acabar com as rábulas como as protagonizadas pelo CDS-PP, que inventou a personagem Jacinto Leite Capelo Rego como benemérito da causa partidária democrata-cristã.
Aos líderes partidários, um recado: parem de brincar aos partidos e desçam à terra. Quem não tem dinheiro, não tem vícios. Apostem nas campanhas por internet, saem mais baratas e sempre podem captar outro tipo de eleitorado.

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