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De ódios de estimação, a inseparáveis. Sócrates e Jardim voltaram a estar juntos para a Festa da Flor, dois meses após a tragédia de 20 de Fevereiro. É seguramente um dos maiores exercícios de contorcionismo político, de parte a parte, que o Portugal democrático assistiu. No passado, um deve ter dito do outro coisas bem piores do que «manso é a tua tia, pá!».
Fonte do foro, não do forno, psicológico confidencia-nos que consultórios da especialidade clínica estão a receber cada vez mais casos de pessoas que revelam sentir-se abandonadas pelo seu consorte, não por traição, mas sim por devoção ao novo vício dos tempos modernos, o Facebook, e as suas múltiplas «quintinhas», vulgo Farmville. O fenómeno já levou a que algumas clínicas se tenham especializado na tentativa de curar esta obsessão virtual. Vai ser curioso saber se este tipo de divórcio se poderá inserir no item «diferenças irreconciliáveis».
Chegou a notícia que todos ansiavam: terminou ao princípio da noite a «excursão» de Cavaco pelo centro da Europa. O país, até há pouco em suspenso, respira de alívio. O nosso Presidente está são e salvo. Desde os idos anos 90, durante os duros combates eleitorais de norte a sul do país, que o homem não devia saber o que era «papar» tantos quilómetros seguidos no banco de trás de um automóvel. Previsível e calculista como é, nas próximas viagens de Estado que fizer, Cavaco vai solicitar aos serviços de Belém um memorando completo sobre o estado dos vulcões no «velho continente», não vá nova deslocação oficial converter-se num enorme pesadelo.
«Quando alguma sportinguista tiver a infelicidade de casar com um benfiquista, tem o dever de fazer com que o filho continue a ser sportinguista. Este trabalho de sapa nas famílias é fundamental e as mulheres têm um papel decisivo na orientação da vida das crianças», José Eduardo Bettencourt, presidente do Sporting, Público Online, 18 Abril 2010
Os prejuízos do vulcão islandês não chegaram a todos. Bem pelo contrário. Os taxistas, os comboios e os rent-a-car estão a lucrar com a desgraça alheia. Que o diga um afortunado taxista norueguês que transportou John Cleese de Oslo até Bruxelas, tendo o actor britânico, famoso pelo seu papel nos Monty Python, desembolsado 3800 euros pela «corrida». Há dias de sorte.
Está prestes a terminar mais um voo sem pára-quedas na imprensa nacional. O «I», do Grupo Lena, deve estar quase a finar-se após a saída do seu director, Martim Avilez Figueiredo, que bate com a porta, depois de lhe terem pedido para poupar uns tostões num projecto que tinha quase tudo para falhar. Sem deslumbrar, o jornal até era um bom jornal, mas a dificuldade reside em captar novos leitores e em angariar publicidade. Sem isto, sejamos claros, nenhum jornal sobrevive. E se considerarmos as mais recentes audiências dos generalistas «Público» e «DN» constatamos que são títulos que vão definhando diariamente. Em alta está mesmo a «Sábado», um verdadeiro fenómeno, que no seu último número trouxe as desventuras de um médico viciado em sexo e que foi seguido por uma jornalista durante dois meses. Permanece a dúvida sobre se a repórter resistiu ao insaciável clínico.
«Manso é a tua tia, pá!», José Sócrates, dirigindo-se a Francisco Louçã, depois de o líder do BE ter afirmado que o PM estava «mais manso», Correio da Manhã, 17 Abril 2010
A púdica ERC não autoriza a emissão do canal Hot Nights por não haver garantia de que o acesso ao mesmo seja condicionado. Com tanto desmando na comunicação social, os camaradas da ERC preferem entreter-se com um «pintelho», em vez de meterem as mãos na massa. Parece que já se esqueceram dos longos anos em que o canal 18 esteve impunemente aberto, e sem qualquer controlo, para que os voyeurs dos 8 aos 80 pudessem desfrutar de algumas quentes noites televisivas.