18 abril, 2010

O maior fã da Madeira

De ódios de estimação, a inseparáveis. Sócrates e Jardim voltaram a estar juntos para a Festa da Flor, dois meses após a tragédia de 20 de Fevereiro. É seguramente um dos maiores exercícios de contorcionismo político, de parte a parte, que o Portugal democrático assistiu. No passado, um deve ter dito do outro coisas bem piores do que «manso é a tua tia, pá!».

Obsessão virtual

Fonte do foro, não do forno, psicológico confidencia-nos que consultórios da especialidade clínica estão a receber cada vez mais casos de pessoas que revelam sentir-se abandonadas pelo seu consorte, não por traição, mas sim por devoção ao novo vício dos tempos modernos, o Facebook, e as suas múltiplas «quintinhas», vulgo Farmville. O fenómeno já levou a que algumas clínicas se tenham especializado na tentativa de curar esta obsessão virtual. Vai ser curioso saber se este tipo de divórcio se poderá inserir no item «diferenças irreconciliáveis».

Ei-lo, são e salvo!

Chegou a notícia que todos ansiavam: terminou ao princípio da noite a «excursão» de Cavaco pelo centro da Europa. O país, até há pouco em suspenso, respira de alívio. O nosso Presidente está são e salvo. Desde os idos anos 90, durante os duros combates eleitorais de norte a sul do país, que o homem não devia saber o que era «papar» tantos quilómetros seguidos no banco de trás de um automóvel. Previsível e calculista como é, nas próximas viagens de Estado que fizer, Cavaco vai solicitar aos serviços de Belém um memorando completo sobre o estado dos vulcões no «velho continente», não vá nova deslocação oficial converter-se num enorme pesadelo.

A frase do dia

«Quando alguma sportinguista tiver a infelicidade de casar com um benfiquista, tem o dever de fazer com que o filho continue a ser sportinguista. Este trabalho de sapa nas famílias é fundamental e as mulheres têm um papel decisivo na orientação da vida das crianças», José Eduardo Bettencourt, presidente do Sporting, Público Online, 18 Abril 2010

17 abril, 2010

Um táxi para Mr. Cleese

Os prejuízos do vulcão islandês não chegaram a todos. Bem pelo contrário. Os taxistas, os comboios e os rent-a-car estão a lucrar com a desgraça alheia. Que o diga um afortunado taxista norueguês que transportou John Cleese de Oslo até Bruxelas, tendo o actor britânico, famoso pelo seu papel nos Monty Python, desembolsado 3800 euros pela «corrida». Há dias de sorte.

«I»nevitável desfecho

Está prestes a terminar mais um voo sem pára-quedas na imprensa nacional. O «I», do Grupo Lena, deve estar quase a finar-se após a saída do seu director, Martim Avilez Figueiredo, que bate com a porta, depois de lhe terem pedido para poupar uns tostões num projecto que tinha quase tudo para falhar. Sem deslumbrar, o jornal até era um bom jornal, mas a dificuldade reside em captar novos leitores e em angariar publicidade. Sem isto, sejamos claros, nenhum jornal sobrevive. E se considerarmos as mais recentes audiências dos generalistas «Público» e «DN» constatamos que são títulos que vão definhando diariamente. Em alta está mesmo a «Sábado», um verdadeiro fenómeno, que no seu último número trouxe as desventuras de um médico viciado em sexo e que foi seguido por uma jornalista durante dois meses. Permanece a dúvida sobre se a repórter resistiu ao insaciável clínico.

A frase do dia

«Manso é a tua tia, pá!», José Sócrates, dirigindo-se a Francisco Louçã, depois de o líder do BE ter afirmado que o PM estava «mais manso», Correio da Manhã, 17 Abril 2010

16 abril, 2010

Entidade desregulada

A púdica ERC não autoriza a emissão do canal Hot Nights por não haver garantia de que o acesso ao mesmo seja condicionado. Com tanto desmando na comunicação social, os camaradas da ERC preferem entreter-se com um «pintelho», em vez de meterem as mãos na massa. Parece que já se esqueceram dos longos anos em que o canal 18 esteve impunemente aberto, e sem qualquer controlo, para que os voyeurs dos 8 aos 80 pudessem desfrutar de algumas quentes noites televisivas.