15 setembro, 2007

Pseudo conferências de imprensa

É incompreensível como se convocam conferências de imprensa, com grande pompa e circunstância, e depois estes momentos se circunscrevem a fastidiosos monólogos de protagonistas que adoram aparecer, mas que se limitam a ler comunicados. Para isso, há sites na internet e até um porta-voz. Perante isto, é inacreditável a postura de passividade da classe jornalística. Se fosse noutros tempos, as câmaras, os blocos e as canetas entrariam em greve e o suposto protagonista ficaria a falar para o boneco. Enquanto não se tomam medidas de força, a corporação dos "media" continua agachada. Lamentável.

14 setembro, 2007

Homem ao mar

A bordo deste barco no Douro seguem os ministros das Finanças e Economia da Zona Euro, que estão reunidos no Porto. Um dos ilustres que vai a bordo é o sr. Jean Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, que nos vem infernizando as rendas de casa com o aumento das taxas de juro, a conta gotas. Não agoirando qualquer tragédia, não seria possível deixá-lo a boiar nas águas do Douro durante uns minutos?

Cavaco vai a jogo

Sem medo, Cavaco, driblou toda a gente, incluindo o Primeiro-Ministro, que se mantém em silêncio, e pronunciou-se há momentos sobre os incidentes de Alvalade. "Foi um gesto lastimável, principalmente tendo presente que estava em causa a selecção das quinas». Apoiado. Isto de tentar fugir entre os pingos de chuva é arte apenas ao alcance de Sócrates. Senhores jornalistas, cerquem o homem e insistam!

A Dona Olga manda

Se ainda houvesse o programa "Perdoa-me", Scolari teria lá ido no dia de ontem. O homem desfez-se em desculpas para explicar o acto irreflectido de quarta-feira. Mas parece que a "luz" que iluminou Scolari foi a Dona Olga, a sua ilustre esposa, há mais de 40 anos. Admitimos que a senhora tem um forte ascedente sobre o brasileiro e que ande de rolo da massa em riste lá em casa, mas achamos que é conversa mole de Scolari para acalmar os ânimos das massas. Outros valores, profissionais, se terão levantado para tão brusca mudança de argumentos. Dizemos nós.
PS: É verdade, alguém sabe onde anda Gilberto Madaíl?

Não havia necesssidade

Não é novidade para ninguém que Fernando Seara tem queda para as graçolas. Os seus dislates, por vezes, falham o alvo e roçam o ridículo. Ontem protagonizou mais um. Num "Jogo Falado" especial paa debater o caso Scolari, na SIC-Notícias, o edil da CM Sintra recordou, com um sorriso matreiro para a jornalista Ana Lourenço, que o seleccionador nacional tinha concedido uma entrevista "à doutora Judite de Sousa", que por acaso até é sua mulher. Porventura estaria com saudades da jornalista, mas dispensava-se a referência. Não havia necessidade, prof. Seara.

13 setembro, 2007

O "xerife" perdeu a autoridade

Scolari pediu desculpas "a Portugal, à FPF e à UEFA", quase 24 horas depois dos lamentáveis actos que protagonizou. O seleccionador português passou a imagem de um homem de duas caras: irredutível e arrogante depois de ter feito asneira e angelical, no rescaldo da escaramuça. Bem aconselhado, Scolari quer salvar a sua pele e assim, ver o seu inevitável castigo, ser reduzido de meio ano ou um ano, para 1 ou 2 meses, ainda para mais com as atenuantes de ter um curriculum invejável e alguma influência junto da UEFA. Não quero com isto dizer que Scolari não deve ser perdoado pelos portugueses. Mas creio que o seu ciclo terminou. Aliás, devia ter terminado no fim do mundial. Agora, sr. Scolari, que o seu estado de graça se esfumou, seja profissional, como o foi sempre, qualifique-nos para o europeu, dê o seu melhor no certame e faça as malinhas. Prometemos não ser ingratos nas recordações que ficam de si, mas as cenas de pugilato de Alvalade ficam eternamente para memória futura do pobre futebol português, a juntar às de João Pinto, de Zequinha, etc.

Palavras na boca da gente

Madeleine, Maddie, McCann, Gerry, Kate, Murrat, Praia da Luz, Ocean Club, Rothley, Polícia Judiciária, laboratório, análises forenses, perícias, ADN, sangue de cadáver, odor de cadáver, cães pisteiros, criminologistas, psiquiatras forenses e arguidos. Estes são provavelmente os vocábulos que o País inteiro repete com especial insistência no último mês.

Cenas de um pugilista em apuros

Scolari - Vou-me é pirar daqui antes que o sérvio dê cabo de mim. Nossa senhora do Caravagiooooooo!
Dragutinovic - Hijo de puta. Cabrón. Te voy a pillar.


Scolari - Deixa o menino em paz, salafrário. Vou pegar em você e deixara a tua cara de pau num bolo. Depois, o Madaíl me manda embora, banca uma indemnização milionária e já posso arranjar outre "time" para treinar, entendeu?
Brassard - Calma, mister. Não se desgrace. Bata, mas levemente.