Gaffe em Queluz de Baixo

Os meninos da TVI queriam adiantar serviço para a abertura do Jornal das 9 de domingo e meteram no ar, em rodapé garrafal, que o Benfica tinha ganho a Taça de Portugal. Tiraram de imediato, mas a coisa ainda ficou 2 segundos legível, como a imagem documenta.

Massamá rejubila

Fonte segura, confidenciou-nos que ouviram-se gritos de alegria, hoje ao fim da tarde, num apartamento de Massamá. Não eram adeptos do Guimarães, mas sim o Primeiro-Ministro e a sua entourage que ficaram eufóricos depois de Cardozo ter empurrado Jorge Jesus, no final da partida. Com crise instalada na Luz, vamos ter Benfica servido ao almoço e ao jantar nas televisões, e nas primeiras páginas dos jornais logo pela fresca. A TSU para os pensionistas pode respirar de alívio.

O mausoléu da Luz

Dizia o cineasta Vasconcelos na SIC-Notícias que o mega-museu que Vieira vai inaugurar brevemente na Luz será mais um mausoléu, dado evocar, na sua grande parte, conquistas que têm décadas. Palavras certeiras. Aliás, estas últimas 3 semanas desportivas do Benfica davam um filme bastante lucrativo em termos de bilheteira para anti-lampiões. Sugestão de título? O lugar do morto.

Bestas sem perdão

Que posso dizer de mais uma final perdida? A «época brilhante» do Benfica termina em branco, em gestos de má educação e em convulsão interna. Os adeptos também já mudaram de atitude: de bestiais perdedores a bestas sem perdão. A crise do Benfica vai alimentar a próxima semana e boa parte do defeso futebolístico. Quem diria? Mas nem tudo foi mau, neste domingo. O Benfica foi campeão...de basquetebol.

Breaking News

O Vaticano está em pânico. Corre o rumor que seis milhões de portugueses deixaram de acreditar em Jesus.

Salada de fruta

Não sabemos onde vai parar o Sporting, mas já sabemos que o seu presidente tem duas bolinhas bem rijas entre as pernas. Bruno Carvalho criticou o baixo valor da transferência de Moutinho para o Mónaco, a que Pinto da Costa ...ripostou dizendo que 25 milhões por uma «maçã podre», como em tempos lhe chamou José Eduardo Bettencourt, não era mau. Carvalho voltou à carga e com um humor muito «à Porto», declarou que «fruta não é connosco, o Sporting não conhece muito de frutas, mas há uma coisa que temos a certeza absoluta: não somos bananas». Uma salada de frutas que promete alimentar muita boca nos próximos tempos.

Vítor «Maquiavel»

O florentino Nicolau Maquiavel dizia que se devia fazer o mal de uma vez e o bem em suaves prestações. Gaspar é o Maquiavel deste executivo e se há 2 anos que não tem andado a fazer outra coisa que não seja semear a destruição, quer agora com um passe de mágica eleger o investimento e o crescimento como prioridades da nação à conta de um extraordinário «super crédito fiscal». Este exercício de demagogia acontece no dia em que se soube que o défice agravou-se em 600 milhões. Coisa pouca. Razão tem o pai de Passos Coelho: «saiam enquanto é tempo, porque isto já não tem conserto».

O comediante do Dragão

Pinto da Costa deu a primeira entrevista, após algum tempo de silêncio. O exclusivo foi direitinho para a pateta da Fátima Campos Ferreira, que perguntou o que quis, sem qualquer arte e com o habitual jeito impreparado que a caracteriza, misturando alhos com bugalhos e cus com alcatruz. O presidente do FC Porto nada disse de novo, a não ser que está a escrever um livro intitulado «31 anos, 31 decisões» e ainda contou uma anedota que promete figurar nos anais dos chistes à portuguesa: «O Benfica é como nos nossos salários. Vai tudo nos descontos». Impagável!

Expo 98: o evento em que os portugueses foram felizes

Faz hoje 15 anos que inaugurámos a Expo 98, a festarola que mudou a face da zona oriental de Lisboa e fez a nação tuga acreditar que era a melhor do mundo. Como sempre, à portuguesa, a ...confraternização estava prevista para meia dúzia de amigos, mas apareceram uma centena, sedentos de animação. O orçamento derrapou um pouco. Para não dizer muito. Depois construímos uns estádios à maluca como se não houvesse amanhã. Depois, um centro cultural como se estivéssemos a prever o regresso dos faraós. Isto já para não falar dos roubos de igreja, autênticos fartar vilanagem, que aconteceram desde os tempos áureos até que a teta da vaca secou. As festas foram grandes e as faturas também. Pelas menos estas efemérides fazem lembrar que já fomos felizes.

Se é bom observador...

Em Portugal, Seguro tem Sócrates como o seu fantasma permanente. Em Espanha, Rajoy vê agora ressurgir o que já foi líder do seu partido e primeiro-ministro, José Maria Aznar, como seu crítico e não descartando o regresso à vida política activa. Isto apesar dos fumos de corrupção e de ligações perigosas que sobre si pendem. Rigorosamente o mesmo que se passa com Sócrates. Quem disse que Portugal e Espanha são a noite e o dia?

O novo rosto do terror

Um militar foi esta tarde decapitado, em Londres, por dois indivíduos que gritaram «Alá é grande». Um atentado com motivações raciais e religiosas. Na imagem, um dos presumíveis autores do hediondo acto, com as mãos encardidas em sangue, fez tudo para se identificar perante o mundo. É este o novo rosto dos terroristas dos tempos modernos.

https://www.youtube.com/watch?v=ksS8moko5xs&feature=youtube_gdata_player

Um pai extremoso

Não gosto do filho, mas começo a gostar do pai do nosso primeiro-ministro. Um cavalheiro que vem dizer para os jornais que o filho devia demitir-se porque «isto não tem conserto» só pode ser um homem às direitas.

Reviver o passado em Stamford Bridge

Mourinho sai com os bolsos cheios e o prestígio levemente beliscado. Os seus mind games com o balneário do Real Madrid e a imprensa espanhola acabaram por derrotá-lo ao fim de três temporadas na capital... espanhola. Depois de passar o que passou em Espanha, tudo o que resto é como comer pão com manteiga. Tudo indica que Mourinho vai regressar ao Chelsea, onde já foi feliz. Abramovic tem os milhões para pagar os caprichos do português e os ares além mancha são muito mais pacíficos do que a indomável fúria castelhana.

«Pérolas» com azia

Acabou o campeonato. O Porto ganhou, o Benfica perdeu. Jesus estava com uma azia daquelas...Uma eventual vitória na final de domingo no Jamor será o atenuar de uma dor que queima todo o estomago da nação encarnada.Não parabenizou o «rival», porque a estratégia oficial na Luz assim o exige. Mas soltou mais umas pérolas de alto quilate: «O Benfica não morreu na praia, como alguns dizem. Muitos morrem no meio, afogados», foi apenas a mais sonante. Vai de férias, mas volta depressa, homem. És o meu estabilizador de humor!

«Crime», escrevem eles

Carlos Tomás, até à passada sexta-feira diretor de um jornal, foi demitido da direcção do semanário «O Crime», alegadamente por «razões estratégicas». A coincidência é que o afastamento de funções deste jornalista acontece no dia seguinte à publicação por parte deste jornal de uma manchete polémica. A última capa do semanário tinha em destaque uma imagem do primeiro-ministro e escrevia em letras gordas: «Dizem que ele bateu na mulher». Não foi na Laura, foi na ex-Doce, Fátima Padinha. Moral da história: Quem se mete com o Passos leva?

Explicador, precisa-se!

Cavaco não é tão mau como Jorge Jesus a falar português, mas de vez em quando dá umas calinadas de alto coturno. Do célebre «pugrama», agora o homem parece que se lembrou de dizer «cidadões» em vez de «cidadãos», segundo se lê no Jornal de Notícias. Precisa de explicador em Belém, senhor Presidente?

A «praia» de Amsterdão

Não sei se foi a maldição de Bella Gutman, se foi mau olhado, se foi o diabo a quatro. O Benfica perdeu, ingloriamente, mas é a sétima derrota consecutiva em finais de competições europeias. Outras vez em tempo de descontos. É mesmo muita fruta. Depois do campeonato, a Liga Europa. São vezes demais a morrer na praia...

Meo Arena

Esqueçam por uns tempos o nome «Pavilhão Atlântico». O espaço que já foi o pavilhão da utopia, durante a saudosa Expo 98, vai chamar-se Meo Arena. A PT lança amanhã a campanha que vai rebaptizar a maior sala de espectáculos do país. A isto chama-se «naming rights». Um fenómeno ainda raro por cá.

Palavras santas, em bocas sujas

Ouvir da boca do Gaspar que os depósitos abaixo dos 100 mil euros são «sacrossantos» e do Cavaco que o fecho da 7ª avaliação da troika foi uma «inspiração da Nossa Senhora de Fátima», só pode pressagiar que algo medonho está para vir. Estes bandidos não invocam o sagrado e o espiritual em vão...

O roto e o nu

Marcelo é uma rata velha, mas é topado a léguas. Faz aquele ar de descomprometido mas, como diz o nosso povo, quem desdenha quer comprar. Quando mostrou o livro de Santana Lopes, intitulado «O Pecado Original», nas suas sugestões literárias na homilia dominical, disse que o ex-presidente do PSD «não vai perder o pratinho» de uma candidatura às presidenciais. Como se Marcelo também não desse o cu e oito tostões para atingir esse desiderato. Diz o roto ao nu...

Às voltas com o Mexia

Pinto da Costa ficou indignado porque António Mexia, presidente da EDP, disse que era bom para o país a vitória do Benfica no campeonato. O presidente do FC Porto diz que o clube vai procurar alternativas à eléctrica portuguesa. O «papa» do... Dragão não admite que o Mexia possa ter uma opinião e, mais importante, esquece-se que a EDP é uma empresa privada, detida por chineses. A garota Fernandinha nem deixa Pinto da Costa ler jornais...

Nem um milagre salva Jesus

Jesus ajoelhou, mas nem teve tempo para rezar. Salvo milagre digno da divina providência, o Benfica vai perder, mesmo apetrechado de uma equipa milionária, dois campeonatos consecutivos, quando desfrutou de uma vantagem folgada de pontos. Jesus até pode ser um génio da táctica, mas o seu desastre na arte da psicologia deita tudo a perder.

Retalhos das vidas modernas

Sandra Conceição e Ricardo Ratinho não têm casa. Não têm como matar a fome. O repórter fotográfico do CM Sérgio Lemos fotografou-os numa rua movimentada do Chiado, Lisboa, à espera de uma esmola. Lia-se numa men...sagem num pedaço de cartão: "Somos um casal que perdeu a casa. Pedimos uma pequena ajuda. Não usamos drogas. Obrigado." Esta é a primeira foto de uma série que pretendemos publicar diariamente com um Portugal a preto e branco, um Portugal em crise - In Correio da Manhã

Jorge «Poulidor» Jesus?

De corações ao alto, a coração nas mãos. A «nação» encarnada veio das proximidades da Lua até quase à porta do inferno. Se se confirmarem os piores presságios e o desfalecimento psicológico do Benfica, Jorge Jesus pode ficar conhecido como o Raymond Poulidor dos treinadores portugueses - um ciclista francês da década de 60 e 70, que ficou famoso por coleccionar segundo lugares e vice-campeonatos

O defensor dos cabelos grisalhos

Portas falou. E falou bem, como sempre. Claro, escorreito, sistemático e por tópicos, o que é uma boa lição para um tipo que é o líder do governo. Se alguém pensava que o presidente do CDS ia fazer uma declaração ao país para romper a coligação, então é porque ainda pensa que os bebés vêm de Paris trazidos pelas cegonhas. Portas mandou, sempre sem o nomear, uns dardos a Gaspar, afagou e elogiou os esforços de Passos Coelho e, porventura o mais importante, procurou segurar os velhotes que foram boa parte do eleitorado CDS na era «Paulinho das feiras». O discurso em defesa dos cabelos grisalhos é a grande mensagem desta intervenção. O resto é folclore para comentador dissecar.

Enterros, funerais e outros lamentos

E que dizer de mais este anúncio em plena hora de jantar que deve ter parado a digestão a muitos milhares? O que vale ao governo são os 15 dias de bebedeira futebolística que esperam a nação encarnada. Tudo o resto é uma estratégia para desmantelar o Estado, arruinar décadas de sacrifícios e esforços e não deixar pedra sobre pedra sobre o que demorou demasiado tempo a conquistar. Em Santa Comba Dão há uma tumba famosa, com flores frescas. Um dia, no cemitério de Massamá, se não for cremado, este cavalheiro e sus muchachos só merecem mesmo uma campa rasa. Com flores de plástico.

Duas épocas, dois ditadores

O ditador de Massamá e o de Santa Comba Dão, lado a lado, hoje nas manifestações do 1 de Maio. Descubra as diferenças.

Alemães, bicicletas e breguilhas

Nas selecções já se sabia que havia a tal lei de que «o futebol é 11 contra 11 e no fim ganham os alemães». Agora, nos clubes, emerge uma nova ordem no futebol europeu, conhecida pelo buldozzer germânico que atropela, humilha e leva tudo à frente. Barça-0 Bayern-7, foi o resultado de 180 minutos de futebol nas meias finais da Champions. Não há volta a dar. No futebol podemos dar a bicicleta à bruxa gorda da Merkel, mas no resto, por favor, senhora, largue-nos a breguilha.

Os génios também falham

Até os génios, mesmo os mais arrogantes, têm os seus momentos de fraqueza, mas é elementar constatar que Mourinho falhou na sua passagem pelo Real Madrid. Um campeonato e, no máximo, duas taças do Rei - falta disputar o jogo com o Atl. Madrid - são magro pecúlio para duas temporadas no colosso mundial, a instituição desportiva mais poderosa do Planeta. Não conseguir trazer para as vitrines do Bernabéu o 10.º troféu europeu - a Liga dos Campeões - é um revés no percurso do treinador português. Mourinho regressa a Inglaterra. Tudo indica ao Chelsea, do magnata russo Abramovic, um sítio onde já ganhou tudo. Será que Mourinho quer contrariar o ditado popular que diz que não se deve voltar a um local onde já se foi feliz?