01 setembro, 2012

Os défices são eternos

A unidade técnica do Parlamento que fiscaliza as contas públicas refere que o défice no primeiro semestre fica não nos 4,5%, não nos 5,3%, mas sim nos 6,9%. Entre duas tacadas e ainda em clima de férias, Cavaco desvalorizou a coisa, mais décima, menos décima. Who cares?
Está visto que as contas públicas portuguesas são impossíveis de endireitar. Lembro-me, de imediato, das palavras do exilado Sócrates que um dia disse que «pagar a dívida é uma ideia de criança. As dividas dos Estados são por definições eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei». Pois. O nosso défice, décima acima ou abaixo, também deve ser eterno.

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