Citava ontem Lobo Antunes, João de seu primeiro nome, que não havia Prozac para as nações. Mas há, pelo menos, um sucedâneo, apesar do efeito limitado. Chama-se Rock in Rio, é um mega-parque de diversões, tipo Disneylândia, com uma pontinha de Woodstock, onde decorrem uns concertos ao fim da tarde e à noite. Come-se no chão, em cima de caixotes do lixo, fuma-se substâncias no limiar da legalidade e bebe-se demasiado, para delírio das cervejeiras. Mais de 200 mil pessoas estiveram na Bela Vista nos 4 dias de evento, que termina hoje. Passei por lá e vi toda a gente bem disposta. Alguns até demais. Sai-se de lá como se tívessemos levado uma tareia, mas vale a pena o banho de multidão. Pena não haver mais «drogas» desta à borla para o povo desfrutar.
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