Cortar até ao osso

Passos Coelho não tem o ar mentiroso e cínico de Sócrates, mas apresenta uma pose de homem honesto sob a capa de uma grande crueldade. Ao admitir que todos os cenários são possíveis, é o mesmo que dizer que continuará a cortar até ao osso, haja o que houver. Ele diz que sim, mas eu tenho muitas dúvidas que este gestor, agora transformado em Primeiro-Ministro, saiba realmente «o que é a vida», como um dia o confrontou Jerónimo de Sousa.