Terminou a ansiedade. Foi divulgada a constituição do «11» base do governo de coligação, que vai jogar num sistema 4 (PSD) x 4 (Independentes) x 3 (CDS), num momento em que se pede exigência e combate. A equipa é maioritariamente jovem, com vários rookies na equipa-base, mas os do «aparelho» dos dois partidos por lá se mantêm, nunca sendo relegados para o banco de suplentes. A equipa técnica mista, liderada por Passos Coelho e Paulo Portas, escolheu para «carregador de piano» das Finanças um desconhecido da opinião pública, Vítor Gaspar, vindo directamente de Bruxelas para a titularidade e para «exterminador» de serviço na área da saúde o ex-homem forte do fisco, Paulo Macedo. Está visto que não vai ficar pedra sobre pedra no Serviço Nacional de Saúde. Extinguir a Cultura não é propriamente um escândalo porque esta pasta já há muito que era virtual. Com expectativa aguardam-se as performances da «quota» democrata-cristã: Mota Soares é encafuado para a solidariedade e segurança social, enquanto Assunção Cristas, a grande revelação da política portuguesa dos últimos anos, vai acumular agricultura, mar, ambiente e ordenamento de território. Só faltou mesmo dar-lhe o pelouro dos bordados e rendas de bilros. Para uma jurista e académica até há 2 anos, será um trabalho hercúleo e de rápida adaptação. Utilizando a metáfora futebolística, é o mesmo que improvisar para ponta-de-lança um lateral de raiz. E está feita a antevisão da partida da vida para esta gente. Tudo ao molho e fé em Deus. Ou como diria o saudoso seleccionador nacional, José Torres, «deixem-nos sonhar». Pode ser que haja um Carlos Manuel capaz de arrancar um milagre e que nos afaste da quase certa relegação da liga europeia do euro.
PS: Por mais voltas que se dê os melhores continuam fora da política. Não é possível criar um regime de requisição civil para que os que dão «tampa» fossem obrigados a acumular cargos públicos em alturas excepcionais?
17 junho, 2011
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