14 agosto, 2010

Pirómanos em potência

Ainda sou do tempo em que as televisão fizeram um pacto para não transmitir com excessiva frequência imagens de sequestros e incêndios. O ano tem sido anormal em fogos, mas a ânsia de os relatar tem acompanhado essa excepcionalidade. Não queria acreditar quando ontem, por momentos até pensei ser da minha vista, assisti a uma tenrinha repórter da TVI, uma tal de Maria Ana Oliveira, em intensa correria e aos gritos, enquanto tudo ardia à volta da senhora, completamente «possuída» pelo ambiente dantesco. Diz um estudo, que recomenda parcimónia na exibição destas imagens, que os pirómanos, sejam eles embrigados, desempregados, pastores ou com perturbações mentais, também vêem televisão, mais que não seja de vez em quando. E que tal uma sugestão para os senhores directores de informação: enviem, para estes «teatros de guerra», segundo as palavras do próprio ministro Pereira, jornalistas experientes e sem a atracção pela glória efémera de um Agosto tórrido? O produto final é capaz de ser mais rigoroso e menos teatral.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nuno Dias da Silva, viva

Gostaria de ver, se possível, um exemplo de um seu trabalho.


Obrigado,
Luís Costa