Os funerais dos nossos dias envolvendo figuras mediáticas estão a tornar-se autênticas festas, onde políticos, artistas e outros personagens socialmente relevantes se encontram, colocando-se em bicos de pés e fazendo de tudo para debitar umas palavritas para os sedentos microfones dos repórteres. Geralmente quase ninguém tece uma crítica ao defunto. De odiado, censor e irrascível, o morto é imediatamente «canonizado», mesmo num país laico, no que constitui um superlativo elogio fúnebre. Em Portugal os diabos quando morrem parece que ganham asas.
19 junho, 2010
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