Peter Robinson, o primeiro-ministro da Irlanda do Norte, está no olho do furacão desde a publicação da reportagem da BBC que revelou que a sua esposa, aproveitando a sua influência, ajudou o seu ex-amante, 39 anos mais jovem, a montar um café em Belfast. Pese embora ter o apoio do seu partido Robinson anunciou que abandona o cargo por seis semanas (tempo máximo permitido por lei), ficando o executivo entregue à ministra das Empresas, enquanto é investigado o escândalo sobre os recursos públicos. Não é uma decisão muito frequente, mas bem que podia ser seguida em muitos países, nomeadamente em Portugal e Itália, onde os escândalos de corrupção salpicam todos os dias as páginas dos jornais. O pior é sempre o desfasamento entre o tempo da justiça e o tempo político. Sócrates até tinha ganho uns pontos na consideração popular se tivesse seguido o exemplo do seu colega irlandês quando estalou o caso Freeport. O governo ficaria entregue ao clone Silva Pereira e se calhar, devido às semelhanças fisionómicas, ninguém dava pela troca.
12 janeiro, 2010
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