10 julho, 2009

No ponto de mira

É uma notícia digna de um tablóide britânico, mas muito oportuna, a que foi hoje dada à estampa no «Correio da Manhã». O juiz Carlos Alexandre, uma espécie de Baltazar Garçón à portuguesa, que tem nas mãos os mais intrincados processos judiciais está instalado num gabinete do novo Campus de Justiça, no Parque das Nações, que o expõe a qualquer cidadão que passe na rua. O Tribunal Central de Instrução Criminal foi colocado no rés-do-chão de um prédio com paredes de vidro, que não são à prova de bala e que dão uma visão completa sobre o que se passa no interior. Basicamente pode fazer-se uma vigilância «big brotheriana» ao magistrado no período em que ele por ali se mantiver. Sabendo-se que Alexandre já recebeu ameaças de morte e anda com segurança pessoal 24 horas por dia, estranha-se o desleixo com que esta situação foi abordada. Mesmo no novo e arejado espaço da zona oriental de Lisboa, a Justiça continua a ser tratada, como sempre, a pontapé.

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