Há alguns anos, na noite em que se demitiu do CDS, Paulo Portas disse estar envergonhado porque no seu país a esquerda «radical» tinha demasiado peso - algo sem paralelo na Europa, afirmou então. Esta noite não falou disso porque o CDS safou-se. Em 2009, a esquerda nacional, the real one, not the fake one, tem ainda mais dimensão político-partidária, com 21 por cento do eleitorado. A CDU manteve o seu habitual registo de votos, mas fica o amargo de boca por ter sido suplantada pelos rivais «bloquistas».
O Bloco de Esquerda foi o grande protagonista da noite eleitoral com três deputados eleitos, reforçando-se como uma força poderosa junto dos mais jovens e nos grandes centros urbanos. Muitos anunciavam que o partido era um balão a perder ar. Louçã deu-se até ao luxo de aparecer para a declaração habitual, depois da vencedora, Ferreira Leite. Pelos vistos, potencial de crescimento existe. Resta saber até onde pode ir este Bloco?
1 comentário:
o problema não é até onde pode ir o Bloco mas até onde pode cair o país.
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