As eleições europeias operaram uma mudança radical nos sentimentos dos nossos governantes. Já sentem como seres de carne e osso o drama dos outros. O glacial Sócrates esteve à beira de verter uma lágrima na noite de ontem e hoje foi o ministro Pinho a debitar palavras com um elevado fundo de solidariedade pelo próximo, relativamente ao tema AutoEuropa e à rejeição do pré-acordo laboral por parte dos trabalhadores: «Estou muito preocupado e do fundo do coração espero bem que os trabalhadores reconsiderem as consequências que uma decisão destas pode ter (...) Houve noites em que não dormi para conseguir certas coisas para a Autoeuropa. Não têm conta o número de vezes que fui à Alemanha e a emoção que senti quando soube que o Scirocco ia ser produzido em Portugal». As aulas de expressão dramática estão a dar os primeiros fundos, é melhor informar os professores que os actores são demasiado plásticos e previstos. Não é possível treiná-los a ser menos mentirosos e mais espontâneos?
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