27 março, 2009

A tendência para a falcatrua

Na sua infinita sapiência, dizia o senhor Presidente do Conselho, o ilustre professor doutor, António de Oliveira Salazar, que «os portugueses tinham uma propensão falcatrueira». Já no seu tempo. Se soubesse o que anda pelo seu Portugal, Salazar daria umas quantas piruetas no túmulo. No terceiro dia do julgamento de Isaltino Morais, o Ministério Público e o colectivo de juízes quiserem saber mais pormenores sobre a «apetência» do autarca de Oeiras por «dinheiro vivo». Isaltino voltou a justificar-se, com o que não tem justificação, afirmando «que sempre gostei de ter dinheiro no bolso». Para desculpar-se, disse até que a sua ex-sogra guardava dinheiro em...frigideiras. Toda a vida fez e alinhou em esquemas. O que eu faço, todos fazem, é o seu lema. Pois, e é, também isso, que faz com que ganhe, sucessivamente, eleições. Ele e os outros da sua cepa. Da boca do povinho, sai a cassete do costume: «Ok, ele rouba. Mas não roubam todos? Pelo menos ele faz qualquer coisa».

2 comentários:

Anónimo disse...

sim que o salazar nunca roubou em coisa nenhuma, para ficar 48 anos no poder e na casinha de são bento. nm

Anónimo disse...

Professor Doutor é sempre com maiúsculas, meu caro! E de Salazar, hoje, é preciso lavar a boca com sabão azul para poder falar mal, porque depois destes, ele seria aclamadíssimo na nossa terra... nms