Margarida Gil, presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, mostrou-se muito indignada com o destino dado aos dinheiros públicos no cinema português. «Estão a ser rodados filmes sem realizador, que são verdadeiramente pornográficos ("Second Life"), falados maioritariamente em inglês ("Arte de roubar")», disse Gil ao «Correio da Manhã». Não escondendo a sua «vergonha» pelo que se se passa nos ecrãs portugueses, a realizadora entende que o cinema está «degradado a um ponto inqualificável». Recorde-se que o filme «Second Life» tem como ex-libris uma quente cena lésbica de 16 minutos entre Liliana Santos e Sandra Cóias. O produtor, Alexandre Valente, é o mesmo das duas obras-primas, «Corrupção» e «O crime do Padre Amaro».
Há uma meia dúzia de anos, a célebre «Branca de Neve» de João César Monteiro e a alegada gabardine em cima da objectiva, também fez correr muita tinta. O cineasta, já desaparecido, mandou a crítica bugiar. Sem rodeios.
1 comentário:
Pese embora o superavit de imagens para uso punheteiro nos filmes portugueses mais recentes (as moças que se desenganem pois foi para isso que meteram silicone e que se beijam umas às outras), a Margarida Gil e o César Monteiros têm razão. O que se ganhou em momentos onanistas perdeu-se em cinema
Enviar um comentário