Os americanos dizem que é o maior acontecimento do mundo depois do nascimento de Jesus Cristo. A tomada de pose ou «inauguration» de Barack Obama acontece, amanhã, às 5 da tarde portuguesas, para uma audiência planetária. As expectativas em torno do primeiro negro a chegar à Casa Branca são quase messiânicas, o que faz com que o seu discurso seja aguardado com enorme expectativa. Mas, para colocar água na fervura, o presidente eleito já disse para os americanos se prepararem para frustrações e revezes na sua administração. O esquema de segurança em redor do evento será, justificadamente, quase paranóico. 40 mil agentes estão mobilizados para controlar 2 milhões de pessoas esperadas em Washington DC. Os movimentos extremistas brancos não se conformam com o triunfo eleitoral de Obama e, ao mais pequeno descuido, podem atentar contra a vida do presidente. O secretário de Estado da Defesa, Robert Gates, o n.º 3 da administração, estará ausente, isto para prevenir um eventual vazio de poder na Casa Branca, caso aconteça algum infortúnio a Obama ou ao vice-presidente, Joe Biden.
A festança vai custar 150 milhões de dólares ao cofres dos americanos. Mas o melhor é celebrar. A factura chegará depois.
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