Anda a circular na net, em versão pdf, a edição completa de «Equador» de Miguel Sousa Tavares, apelando para que ninguém ouse adquirir o dito livro neste Natal. Alegadamente, o mail provém de um professor indignado com a afirmação do escritor/jornalista/comentador de que os docentes «são os inúteis mais bem pagos» de Portugal. A «vingança do chinês» vem é um bocado tarde, porque o livro já vendeu cerca de 350 mil exemplares e a série que ontem estreou na TVI promete atrair mais uns milhares de curiosos.
22 dezembro, 2008
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2 comentários:
Não sou fã de nenhuma das vertentes de Miguel Sousa Tavares. O homem tem uma escrita com alguns tomates, mas para causas completamente estapafúrdias como o direito a fumar para cima de toda a gente, abater tudo que é animal nos campos, ou Pinto da Costa. No resto, embora tenha mais apreciadores é igualmente falho do que considero uma opinião interessante. Mistura sapiências de taxista com modos de cabo forcado. No romance a coisa ainda vai pior. Não digo que não seja uma escrita digna e merecedora de espaço, mas não me parece literatura de grande qualidade. Não fui mesmo muito longe na leitura de Equador a que achei demasiados defeitos de estilo. Tinha ganho em ser editado e em ficar mais pequenino. Infelizmente, também acho, pelo primeiro episódio da série, que se aquilo é a produção mais cara da televisão portuguesa mais valia que tivessem tentado outra coisa.
Vê-se bem, mas mistura estética de telenovela com eloquências ocas e folclore (atente-se nas cenas da Índia). Esperemos que melhores. Vinte e seis episódios da série mais cara de sempre bem podiam valer a pena para competir no mercado televisivo internacional. Assim, e para já, parece mais uma novela de época. Ah, e é verdade, o rei D. Carlos tratava toda a gemnte por tu. Há formalismos que não pegam. NM
O man que vá mas é trabalhar.
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