08 novembro, 2008

A humanização do homem providencial

Antes de ser, já o era. Barack Obama foi eleito há um par de dias e, à boa maneira americana, quase que já governa, eclipsando o presidente ainda em funções. No primeiro discurso à nação emitido esta tarde, Obama volta a insistir no argumento que a recuperação não será fácil, mas confia na resistência da nação americana. O novo inquilino da Casa Branca procura, nestes dois meses até à tomada de posse, em Janeiro, retirar a carga messiânica e de homem providencial que lhe foi colada durante toda a campanha eleitoral. Objectivo: descer a elevadíssima fasquia das expectativas que sobre ele se alimentaram, para não frustrar a natural decepção que em breve se vai abater na mente de muitos que sonharam demasiado.

1 comentário:

Nuno Góis disse...

Uma posição defensiva perfeitamente natural...