A cultura da delação, da ratoeira e da intriga está instalada em todo o universo laboral. Hoje tivemos mais um brilhante exemplo denunciado pelos jornais: Um funcionário superior da EPUL está a ser alvo de um processo disciplinar com intenção de despedimento depois de ter reenviado para os colegas um e-mail humorístico (que, por acaso, eu também mandei) com uma foto de campanha de Barack Obama com a mensagem «não vote em branco». O «crime» do indivíduo foi ter acrescentado à imagem o seguinte comentário: «Mas ainda se lixam que ainda o vão ter como presidente…». Segundo a nota de culpa do inquérito, o funcionário enviou uma mensagem de «conteúdo racista». Segundo relatam os jornais, os problemas deste indivíduo com a administração da empresa municipal não eram de agora e isto foi, oportunamente, a gota que fez transbordar o copo. Um pretexto. Uma sacanice. Começo a interiorizar que nos locais de trabalho há códigos de honra e integridade moral que só se preservam à lei do murro.
13 novembro, 2008
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